Hoje é a vez da Roberta conta o seu relato de parto. Na verdade, acho que é muito mais do que é um relato, é uma historia que vai servir como exemplo de amor.
Usando as próprias palavras dela, a Roberta renasceu. Depois de um tratamento para engravidar e tantos outros diagnósticos negativos, a Rô estava grávida e daria a luz ao seu menino, o William.
Vamos conhecer um pouquinho mais dessa historia?
"10/11/2011, o dia em que às 16h00 eu morri, para em seguida
renascer. O mesmo corpo (ou quase), mas totalmente outra mulher. Pouco restou
de mim, a ainda hoje eu busco um pouco
do que eu era.
Para que meu relato faça sentido, vou ter que voltar um pouquinho
no tempo. Eu tive dificuldade para engravidar, como milhares de mulheres, se
não me engano a maior causa de infertilidade feminina, eu tenho SOP (Síndrome
do Ovário Policístico), descobri aos 17 anos, quando já namorava meu marido,
que seria difícil, e que um tratatmento seria necessário. Em seguida foi
diagnosticado o útero transverso. Namorei 9 anos, estava casada a 5, já com 28
anos eu não tinha mais muitas esperanças e decidi então que não poderia apostar
tudo numa coisa que poderia não acontecer, foi quando... eu desisti. Em março de 2011 eu estava grávida! Mas nada
poderia ser assim tão fácil e não foi. Aos 6 meses de gestação fui numa
consulta de rotina e sai de lá com uma guia de internação, eu tinha outro
problema, ICC (Insuficiência Istmo Cervical), estava com 4,5 de dilatação e
precisava fazer uma cirugia com urgência para costurar o útero (a Cerclagem) e tentar
salvar meu bêbe. Passei os 3 últimos meses de repouso absoluto, sozinha em
casa, com um computador e intenert pesquisando sobre casos como e meu e ficando
cada vez mais apavorada. Sofri muito, comprei um negócio de ouvir o coração e
cada vez que demorava mais a mexer eu entrava em desespero.
A Roberta morreu e nasceu, dia 10/11/2011."
Terminei de ler o relato com muito orgulho da Roberta. Adoro trazer relatos assim para vocês, só pra mostrar que a vida é imprevisível e que ninguém controla o amor, ele brota sem permissão alguma, e muitas vezes se personifica em forma de filhos, como no caso da Roberta.
Ro, muito obrigada por dividir conosco essa parte tão importante da tua vida, um beijo.
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