O relato de hoje tem sabor de vida e quem conta, é a minha tia mais nova, Eugênia.
Convidei ela a partilhar a historia da descoberta da Flôr, seu mais novo fruto.
Que sirva pra inspirar e pra mostrar que, a vida é sim um milagre.
"Minha sobrinha Larissa, me convidou para que eu pudesse
contar as estórias das minhas gravidez. Fiquei muito honrada com o convite, viu
Lai?
Me chamo Eugênia Carneiro Braga Lucena, tenho 39 anos e sou
de Recife-PE.
Fui mãe a primeira vez aos 18 anos, não foi uma gravidez planejada, mas desde o primeiro momento amei o serzinho que nascia
dentro de mim, como nunca havia amado na vida. Pedro nasceu, de parto normal,
no dia 29/11/1993 as 17:18 pesando 3.750 e medindo 53 cm. Era o bebê mais lindo
que eu já havia visto na vida. Desse dia por diante, minha vida tomou um rumo
novo de amor, insegurança, proteção.
Depois de cinco anos, já estava com 23 anos, dei a luz á
João no da 09/11/1998 as 10:25 também de parto normal, ele pesava 3.900 e media
48 cm, ele era enorme e muito gordinho, mais muito mesmo!
A felicidade estava completa, curti muito meu homenzinho de
5 anos e meu bebê.
Não pretendia ter mais filhos, mas como sempre fui louca por
meninas (tenho minhas sobrinhas como filhas), ainda existia uma esperança de
quem sabe no futuro tentar.
Mas a vida nos levava pra outro rumo, trabalho, trabalho e
trabalho... Cadê que dava pra pensar em ter mais filho? Mas como não era
“ligada” e não tomava anticoncepcional, por que nunca me dei com o excesso de
hormônio (a prevenção era feita com preservativos), sempre ficava na
expectativa de quem sabe um dia.
Com 35 anos, depois de sofrer de cólicas absurdas, fui
diagnosticada com endometriose.
Fiz muitos exames e troquei algumas vezes de médico, até me
sentir segura, e em 2011 começar um tratamento com anticoncepcional Qlaira, que
é o procedimento para controle da endometriose. No começo da segunda caixa do
remédio, comecei a sentir uma pontada que ia do peito até as costas, como se fosse
gases, passei o dia tomando luftal, mas não teve jeito.
No outro dia fui ao hospital (por que a pontada não passava) tomar algum medicamento que melhorasse. Para minha
surpresa a médica pediu alguns exames de sangue e uma tomografia, eu só pensava: "tudo isso por causa de uma simples gases? Rsrs"
Mas, graças a Deus, fui atendida por uma médica competente
que salvou a minha vida...
Eu estava com embolia pulmonar, que se não fosse
diagnosticada rápida, seria fatal.
Fiquei nove dias internada, depois fiz mais alguns meses de
tratamento com anticoagulante via oral. Fui liberada do uso do remédio,
e só voltaria a tomar em três ocasiões: fratura, cirurgia de membros
inferiores ou gravidez. Pronto, filho mais nem pensar.
Continuei tentando de alguma forma me ver livre da
endometriose, mas agora só me restava a cirurgia, que no me caso é muito
arriscado. Então decidi conviver com as cólicas e deixar pra lá.
Em 2013 estava bem acima do meu peso e decidi ir em uma
endocrinologista, começar uma dieta de verdade. Fiz deita, malhei e emagreci
muito, fiquei muito feliz com minha vida saudável e me achando linda! Rsrs
Em março de 2014 achei que minha menstruação estava um pouco
atrasada, e um dia antes do aniversário do meu marido 22/03/2014, comprei um
teste de farmácia, fiz o teste na madrugada (horário em que meu marido trabalha), e o resultado foi lindo... POSITIVO! Mandei uma foto pra ele do exame e ficamos loucos de felicidade.
É isso mesmo, estou gravida depois de 15 anos,
e o melhor... É MENINA!!!
Contrariando todas as expectativas (visto que mulher que tem
endometriose pode não ter filhos), eu fui abençoada a vinda de MARIA FLÔR!
Pra falar a verdade, também veio a insegurança em relação a
idade, mas a felicidade foi maior e a nossa filha vai chegar recheada do amor de
todos.
Só tem um detalhe, eu tinha que ser anticoagulada, e dessa
vez com injeções subcutâneas, que são caras e difíceis de encontrar. Conseguir
achar e comecei o tratamento, que é primordial para a mãe e a criança, visto
que o não uso do medicamento pode acarretar em aborto cedo ou tardio.
Entrei com uma solicitação das injeções junto ao governo do
estado (que tem a obrigação de doar essa medicação aos pacientes), eles exigem
laudos e alguns exames, fiz todos e no prazo dado por eles o remédio estava lá,
ôh glória. Mas agora na segunda remessa está em falta, é o governo sendo
governo. Se não chegar a tempo, terei que comprar novamente. (Vale lembrar que o custo das injeções é alto!)
Enfim, nossa Flôrzinha está vindo nos trazendo mais amor, e
a expectativa da chegada dela é grande e linda!
Espero que minha estória ajude algumas mães que tem esse
mesmo problema a não desistir, porque é não é fácil, mas não é impossível e a
recompensa... é maravilhosa!"
Terminei de ler esse relato com o coração cheio de esperança, flor germinou e mostrou para a ciência que a vida surpreende e embriaga a gente de possibilidades.
Você tem que acreditar na força do amor, na existência das boas energias e tudo flui, pro bem.
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Um beijo em vocês e até a próxima!
Amiga Eugênia, fiquei tão emocionada com sua estória, tão feliz, família linda, filhos abençoados, a Maria Flôr vem com tanta alegria e cheia de saúde, DEUS te abençoe amiga, bjs, Micheline.
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