19/09/2012

Um trabalho, um berçário, uma rotina diferente. E agora, Maria?

Recife, trouxe uma onda de mudanças nas nossas vidas, ganhamos emprego assim que fizemos a mudança, logo achamos um berçário pra Mariazinha, ufa!
Era a chegada a hora de se adaptar a nova mudança!

Como eu já devo ter contado por aqui, eu trabalho desde muito cedo, quando eu tinha 16 anos já me virava pra ganhar um "trocadinho", ter meu dinheiro era a melhor coisa do mundo!
Quando engravidei, tudo parecia muito prático, eu iria entrar de licença maternidade, ainda tinha mais um mês de férias, na minha cabeça seria tempo suficiente pra eu conseguir me desgarrar da Maria e voltar a trabalhar. Enquanto ela tava guardada na barriga, os planos eram esses, depois que ela nasceu esse quadro mudou totalmente de figura.
Vocês tão cansado de saber, mas só pra reafirmar, eu morava numa cidade (Caruaru-PE) sem suporte familiar, sem conhecer muitas coisas, principalmente tratando-se de creches e berçários, deixar Maria Cecília com 4 meses em um canto estranho, tanto pra ela quanto pra mim, não me agradava de forma alguma. Foi por conta dessa insegurança que eu optei por me dedicar exclusivamente a minha Maria, pelo menos até ela completar um ano.
Virar só mãe e dona de casa, pra quem levava uma vida mais agitada e mais social (trabalho\faculdade), não era tão fácil. Acredite, ser dona de casa e mãe é ter um trabalho ingrato e infinito! Não temos folga ou férias, nem horário pra almoçar, descansar, dormir... Tudo bem, a remuneração é a melhor do mundo, o amor da minha filha e uma família construída. E longe de mim tá reclamando, desde que minha filha chegou, eu respiro e vivo amor, faria novamente tudo de novo, da mesma forma, com a mesma dedicação.

Pois bem, se o plano era me dedicar até Mariazinha completar um ano, mais uma vez tive que mudar o planejado. Como meu seguro desemprego acabou, a situação financeira da minha família começou a não ficar confortável, eu ainda fazia alguns freelancers como designer, mas a grana não era suficiente, ainda mais quando se tem uma criança no meio, né? Então, aceitei a proposta de emprego que uma amiga de Marcelo me fez, a Aninha. Ela trabalha com chocolates, abriu um quiosque recentemente e precisava de uma ajudinha por lá, o horário flexível me encantou, topei trabalhar novamente.
E como em Recife, eu gozo de uma base familiar, voltar a trabalhar não parecia uma tarefa complicada, apesar de abrir mão de passar o dia com a minha filha, de cuidar da alimentação, de ver todas as gracinhas... eu fui a labuta!

Maria Cecília, fica com a minha mãe e irmã pela manhã, maior suporte eu não podia ter, confio tranquilamente parte da educação da minha filha a elas. Sem contar que o carinho que minha filha sente por elas é imenso. Pela tarde, ela vai para o berçário, claro que a primeira semana foi barra, o choro predominou, acho que ela ficava pensando em como a gente era capaz de abandonar ela lá, num lugar estranho com gente estranha. Quando eu ia buscar a carinha dela era de encantamento, como quem pensasse: - Ó, ela veio me salvar!
Agora, toda vez que eu chego no berçário ou ela está interagindo com os amiguinhos ou dançando ao som da galinha pintadinha. hahahahha
As vezes nem pede braço de imediato e me recebe cheia de sorrisos!
As babás do berçário comentam sempre sobre a evolução dela, tem uma a "tia Carol", que até filma o dia a dia da Cecília pra me mostrar. Eu fico bem tranquila em saber como ela é querida por lá.

Então, vendo que tudo se ajeitou e vai bem, eu começo a perceber que essa nova rotina me faz muito bem, ando muito cansada eu sei, as vezes durmo muito cedo, coisa que nunca tinha acontecido antes, mas eu comecei a ter meu espaço, a ver pessoas, a interagir com esse mundo! Me senti útil fez um bem incrível para a minha auto-estima.
A rotina de Mariazinha, também ganhou outro embalo, conhecia por não dormir cedo de jeito nenhum, Cecília se entregou ao sono! Agora, chega do berçário pelas 17h e consegue brincar comigo até umas 19h, depois que toma a mamadeira ela dorme. Só acorda às 5h da manhã, dá pra acreditar?

Eu ainda continuo com meus freelas como designer, o que as vezes me faz trabalhar em casa até um pouco mais tarde, mas posso contar com meus pais e irmãos. Você começa a perceber a importância da família por perto, eu posso trabalhar, estudar, resolver problemas... não falta quem queira ficar com a Maria, minha sogra, minhas tias, primos, as primas de Marcelo, amigos... Uma base sólida e cheia de amor que eu posso contar o tempo todo!

Recebemos essa nova rotina de braços abertos, e que a nossa vida nova continue sendo tão boa quanto vem sendo.
Amor e confiança, são as palavras que vem tornando tudo isso possível!
 
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