28/12/2014

TOP 10 (do amor) de 2014.


Vai chegando final do ano e eu fico uma manteiga derretida. Sou dessas que pega a última semana do ano pra rever fotos e vídeos, reler anotações e fechar os olhos para tentar sentir metade das sensações que os meses do ano que se vai trouxeram.
2014 não foi fácil. Mas passou. E passou com pontos positivos também, claro. Foi pensando nisso que eu resolvi escrever esse post hoje, inspirada em tudo de lindo que rolou esse ano.

Eu comecei 2014 sendo só ansiedade. José ainda morava no meu ventre, nasceria no teceiro mês - março - desse ano que se vai. Sem sombra de dúvidas o nascimento do meu caçula foi um dos maiores marcos desse ano, o que vai tornar 2014 inesquecível. 

Eu adoro anotar coisas, registrar tudo, pra aguçar a minha memória num futuro. Eu sou dessas que valoriza coisinhas pequenas, sabe?

Separei 10 momentos ímpars desse ano. Não se preocupem, nada de ruim ou negativo. Só reservei para postar o que eu quero guardar dentro da alma, ou seja só as coisas boas, leves e carregadas de amor. O resto? Passou!

Uma das coisas mais fofas desse ano - awwn - foi a hashtag do amor, a tão usada #vemZe. Foi uma carinho danado, que veio de várias partes do país e até de fora do país. Vocês podem achar que não, mas esse carinho ajudou muito na sanidade mental da mamãe ansiosa aqui, rs. 
A hashtag acabou dando nome a um bloco carnavalesco o "Vem Zé", que acabou surgindo no improviso, mas fluiu graças a todo mundo que  aguardava José com o coração.

Pra mim muito mais especial do que o nascimento do Zé - não me julguem errado seus chatos! - foi o grande encontro, o nosso GRANDE encontro, nós três... eu, Maria e José.
Essa foto retrata bem o que eu quero dizer e ela fala por si só. Essa conversa com Maria, tentando fazer com que ela entendesse essa nova realidade, que aceitasse esse novo ser não só em nossa casa/vida, mas no coração. Ser a mediadora disso foi a melhor e maior experiência da minha vida!

Esse foi um ponto crítico do ano. Sobreviver a isso -o ciúme de Maria - foi uma grande conquista. Eu sei que falei que não colocaria nada negativo nesse post, mas acreditem que viver essa ciumeira toda teve sim sua parte boa.
Além de nos fortalecer como pais, ajudou a Maria a superar a insegurança de não ser amada e tornou a minha Maricota uma criança ainda mais íncrivel. 

Acordei nesse dia, olhei para a câmera e olhei para os meus filhos dormindo, fiquei matutando um jeito de convencer - fazer -com que os dois interagissem naturalmente enquanto eu registrasse tudo. E quer saber? Foram as melhores fotos que eu já fiz. A pasta digital que guarda essas fotografias foi nomeada como "olhos de mães". Cada registro disso foi captado por olhos de mãe. Os olhos de uma mãe que sonhou a vida toda em viver aquilo, o amor de dois seres, seres esses que fui eu que pari.

A Maricota e a escola. Gente, sabe uma criança independente, desenrolada e madura, pronto. Quem pagou mico fui eu - e quem não sabia? -. Fiz bico, enxi o olho de lágrima, não consegui deixar ela no colégio, sai de lá e aguardei em casa cada minutinho, ansiosa querendo ter minha pequena embaixo das asas. 
Depois tudo fluiu muito bem e depois da escola, a Maria é outra criança, além de todo o aprendizado pedagógico, teve o crescimento social, além do desfralde e do amadurecimento da minha "mocinha" - termo que ela mesmo usa para se adjetivar -

Nesse ano a minha "mocinha" contrariou todas as frases que anunciavam que ela regrediria com a chegada do Zé. Que nada!
A Maria Cecília largou as fraldas - por completo -no começo do ano, no meio do ano deixou de lado a chupeta e agora não usa nem a mamadeira.
Claro que tive meus aliados nessas conquitas - escola, marido, família - mas a principal responsavél por isso foi a Maricota. Preciso nem comentar o tamanho do meu orgulho, né?

Outro dia MEGA especial desse ano foi o dia das mães. Mas não foi qualquer dia das mães não, ein? Esse ano eu fui para a primeira festinha de dia das mães da escola da Maria. Mesmo ela lá tímida, nervosa, sem querer cantar muito, foi um dia que vou guardar pra sempre na alma. 

Essa viagem foi um combo de muitas coisas. Primeiro nós nos propusemos a não acessar a internet nesses dias, programos dias bem saudavéis, sem tecnologia, só regado a contato físico, natureza e amor. E funcionou! Foi uma viagem massa, só nós quatro e Maraca - a praia -. Quem dera poder fazer isso mais vezes...

Esse foi um dia que começou com o meu coração bem miudinho. Eu era metade saudade, mesmo antes de sair de casa para voltar ao meu trabalho. Superar a necessidade de ser só mãe, de passar o dia sentindo o cheirinho dos meus pequenos, vigiando cada passo foi punk! Mas eu consegui. E melhor, com o passar dos dias - apesar do cansaço - eu me redescobri de novo, ter uma vida minha, meu trabalho, meus amigos, fora da atsmosfera fraldas me fez ser uma outra pessoa em 2014. 

Em 2014 eu aprendi que é vital RECASAR. Eu casei e recasei dezenas de vezes. São 5 anos de união e ainda assim todo dia é preciso redescobrir o cara que é muito mais do que meu marido é meu parceiro de vida.

Enfim... 2014 já tá quase virando a esquina, levando com ele uma pá de coisas  e deixando tantas outras para que 2015 possa encaminhar para o melhor caminho.
Agradeço por cada coisinha que vivi esse ano. Cada aprendizado, cada lágrima, cada sorriso, cada segundinho de 2014 valeu a pena.

Só peço que esse ano novo que vai nascer, venha carregado de luz e boas energias e que elas possam chegar a cada um de nós com sua força infinda.

Obrigada a cada um de vocês que nos leu esse ano - e todos os outros -!
Aguardo vocês ano que vem aqui, ein?

Feliz ano novo, meus amigos/leitores. Vem 2015!


13/12/2014

Competição materna!



Só basta estar grávida e é dada a largada para uma competição cruel, sem fim muitas vezes, a competitividade materna. Nascem as mães perfeitas, os filhos incríveis e em época de facebook e instagram, quem é feio ou tem família com problemas?
Nada de frituras, escondam os doces, tirem os slings da bolsa, façam parto em casa, papinhas orgânicas, nada de shampoo, chupeta jamais, lugar de bebê é no berço e é proibido mães que não cuidam do corpo!
Meu Deus, quantas cobranças. Quem quer ser perfeita ai levanta a mão! As minhas permanecem abaixadas
Sei que eu devo andar batendo na mesma tecla, esse papo manjado de maternagem impecável, de vida de novela pós-parto. Mas gente, não sei se só eu me incomodo – e até prático, tantas vezes sem querer – mas o mundo está cheio delas, as mães ideais, aquelas que nunca erram, que tem o melhor e idolatrado – salve, salve – dos filhos. Essas que pariram crianças prodígios, que reagem bem as regras do tipo “Super Nanny”, que em hipótese alguma fazem birra e se fizerem, basta um olhar de magnetismo ímpar que só a supermãe tem e pronto, assunto resolvido.
Meus filhos são de verdade! Até acredito que alguém possa chegar perto do sucesso, ou alcança-lo, enfim.., Mas eu queria mesmo era que o respeito fosse disseminado da mesma forma que esse império da perfeição foi. Eu erro, você erra, nós erramos e não existe nada mais natural do que isso.
Ninguém é menos mãe do que ninguém pelo tipo de parto, pelo tempo de amamentação ou pela preocupação de limpar o bumbum do nenê com algodão orgânico ou lenço umedecido que cheira a lavanda.
Vocês tem que ter cuidado com essas novas regras que vem sendo enfiadas goela abaixo, conheço um bocado de mães frustradas/semifrustradas/enfim sofrendo por não conseguirem ser tão uber-mães – olha eu criando palavras hahaha – quanto aquela moça do blog ou quanto aquela vizinha que recuperou a boa forma em 15 dias e que passeia com os filhos todo final de tarde amamentando em pé, tamanha destreza e intimidade com a maternidade.
Já recebi muitas mensagens – preciso dizer que amo quando vocês me mandam mensagens?<3 – que me contavam como eu fazia parecer tudo fácil, como a minha família parecia ser de comercial de margarina ou de o quanto eu despertei a vontade de ter filhos ou de multiplicar a prole. Acho massa até certo ponto. Talvez por isso eu viva insistindo em dizer a vocês que eu erro, erro pra cacete! Eu já competi sem querer e por querer talvez. Já fiz comparação entre os meus próprios filhos, quiçá com os filhos dos outros.
Às vezes eu finjo que tô dormindo só para o Marcelo levantar. Eu não cozinho todos os dias. E nesses dias em que não cozinho, caso não file a boia da minha mãe, eu ofereço mingau. Falo palavrão. E por mais que eu tenha como objetivo de vida não brigar com Marcelo na frente dos meninos, eu brigo. Eu dou enes exemplos ruins e cobro um comportamento contrário. Sou da tribo faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
Eu tenho tantos defeitos quanto um... Ser humano! Isso gente, seres humanos são cheinhos de problemas, defeitos e adjetivos feios. E acreditem, apesar de ser algo sublime, uma mãe também é um ser tal qual um ser humano normal, pasmem!
E se tem uma coisa que eu trouxe pra minha vida como lição, é que se eu errar como mãe, foi um acerto que falhou, eu devia estar tentando acertar e isso acontece!
Não se achem menos ou mais do que outra mãe. Não se crucifiquem por ter voltado ao trabalho ou por ter falhado quando o assunto foi o desfralde. Você não é a pior mãe do mundo porque seu filho fez birra no shopping ao querer aquele brinquedo, naquela hora, de todo jeito.
Vamos abraçar nossos corpos, nossas manias e acima de tudo nossos IMENSOS DEFEITOS. Afinal de contas o amor só é amor se supera as dificuldades.
Viva as mães com olheiras, que assumem o cansaço da amamentação, que reclamar da dor de coluna, que adotam o coque como o penteado oficial, que cheiram a leite e tem blusas manchadas, que tem vontade de correr quando a birra é em público, que trabalha fora, que trabalha em casa, que usa fralda descartável, que não usa, que cozinha, que não cozinha, que solta pum, que reclama... Mas que acima de tudo ama e tem aquele cheirinho tão gostoso, o cheirinho de mãe de verdade.
Beijos e até o próximo post.


11/12/2014

Tão iguais e tão diferentes.


Não vou começar minha ladainha pra justificar a ausência de posts nesse blog, afinal de contas, vocês bem sabem meus motivos - meu duplo motivo, rs - 
Por falar neles - os que me tomam por inteiro, meus filhos -, o post de hoje vai contar um tiquinho sobre o mundo da Maria e do José. 
Na verdade, essa semana pra ser mais precisa, eu tenho observado muitas coisas em relação a minha duplinha.. O crescimentos sem freio de Maria, tanto fisicamente quanto intelectualmente, e as tantas novas conquistas de Zé e a formação de mais uma personalidade na nossa família - oremos! - 

É engraçado como cada um tem um tempo diferente pra cada coisa, e mais engraçado ainda quando eles tem as mesmas vontades e manias. É tudo tão igual e tão diferente, sabe? 
Eu tive que aprender a pular fora da cilada da comparação. Sim, acho até que é normal comparar um irmão ao outro, o que não implica dizer que é sadio. Claro que, tudo isso é o meu ponto de vista, não uma regra. 

Assim que José Luiz veio para os meus braços pela minha primeira vez, notei que seu corpo era magrelo, ele não havia chegado tão gordinho quanto a Maricota e isso me assustou, embora as enfermeiras e médicos repetissem freneticamente que ele estava bem, aqueles três quilos e vinte gramas me pareciam míseros perto dos quase 3 kg e 700g da Maria. Comparei o jeito preguiçoso de mamar dele e quantos hora o cochilo noturno durava, em relação as noites mal dormidas da Cecília. 

Só depois de esperar dele algumas reações iguais as da Maria, foi que eu percebi que nos meus braços havia um outro individuo, e que ter essas expectativas não seria bom nem pra mim e muito menos pra ele. Conforme o tempo foi passando eu percebi que o Zé tinha uma frequência diferente da Maria e que isso era normal, além de ser muito especial. Afinal de contas, eu tinha dois filhos, duas pessoas diferentes, mesmo que feitos pela mesma fábrica - pode me chamar de máquina copiadora também, eu aceito, afinal de contas, são a cara do pai -, eram duas crianças que embora se assemelhassem em algumas atitudes, destoavam em muitas outras, e pra me ajustar no meio desses mundos usei o infalível instinto de mãe, além de utilizar o danado do amor, que tudo compreende, abraça e aceita. 

Fiz uma pequena comparação do bem, que na verdade é pra mostrar a diferença entre meus rebentos e fazendo essa lista de defeitos e virtudes, eu pude perceber o quão delicioso é transitar e presenciar meus filhos crescendo e se tornando quem são.  

O ser Maria. 

Maria Cecília sempre foi uma menina muito inteligente, falou suas primeiras palavras muito cedo, não dormia de noite e sempre foi muito observadora, daquelas que prefere pensar antes de agir. Sempre comeu pouco e foi amante da TV, o que não mudou até hoje. É uma menina carinhosa e esperta o suficiente para usar esse charminho fofo para conseguir as coisas. 



O ser José 

É inquieto, agitado e risonho. Costumo dizer que pro Zé não tem tempo ruim. Dorme cedo e acorda MUITO cedo. Não bate palmas, não fala nada mas já sabe dar tchau. A galinha pintadinha só o convence durante 15 minutos, o que o deixa quieto de fato é um bom prato de feijão. É carinhoso,um carinho de Ogro- meu mini Shreck - mas é carinho. 


As semelhanças  

A boca, o sorriso grande, os olhos apertadinhos. A tosse de mentira. A mania de se jogar pra trás quando fazem birra - na fase bebê -. O apreço por leite. Gostar de dormir em cima da nossa barriga. Mamar em um seio mexendo no outro com o pé. Adorar dançar e gritar. 

Conviver com esses dois serezinhos tem me feito amadurecer muito. Respeitar essas diferenças tem sido uma tarefa incrível, são elas que andam construindo a mãe que eu venho me tornando. Compreender que cada um deles tem o seu tempo, seu jeito, sua voz, é uma delícia, cada um com seus pontos positivos e negativos - ai gente quase nada negativo, quem pode ser negativo quando se é fofo e fofa desse jeito? - . Lapidar esses dois cidadãos com personalidades forte é difícil, mas na minha equipe entra o papai Marcelo que vem sendo um forte aliado nisso tudo, e devo admitir que foi ele quem abriu os meus olhos para a mania de querer que José fosse tal qual Maria e vice-versa.  

Superando essa fase "ela fazia isso e ele fazia isso" eu pude redescobrir meus filhos, e quer saber? Bem melhor assim! Que andem sempre lado a lado, como bons amigos, sendo um o reflexo positivo do outro, e que os defeitos sejam amenizados por conselhos carregados de carinho, conselhos esse que só aquele irmão(a) pode dar, que vem naquele combo do abraço, do afago e do amor. 

Cresçam, mas cresçam respeitando um ao outro e eu serei feliz como mãe e onde quer que eu esteja, estarei orgulhosa de ter gerado e parido "brothers" de verdade (: 

Viva a diferença! 

Em vocês um beijo e até o próximo post. 


 
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