09/06/2014

Redes sociais e os grupos maternos.



A maternidade tem cheirinho de mundo novo, não é mesmo? Mergulhamos no desconhecido, viramos a casa de alguém, amamos uma pessoa que se quer conhecemos o rosto. É um caminho repleto de intensidade e cheio de sensibilidade e amor.
Para a gestante, cada semana é valiosa, cada centímetro da barriga ou do bebê, são conquistas. As ultras nos fazem ver mais do que qualquer outra pessoa, o pré-natal vira o evento do mês. 

Quando eu engravidei de Maria, morava com Marcelo em outra cidade, Caruaru- PE.
A família não pode dividir cada pedacinho da gestação comigo, os amigos ainda estavam em sintonia de faculdade, ninguém bebia da mesma ansiedade que eu.
Foi ai que em uma noite, ainda no saudoso ORKUT, eu comecei a procurar comunidades sobre bebês. Não sei bem como cheguei ao grupo a qual pertenço até hoje (Bebês Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro 2011), mas foi um achado e tanto. A partir de então, eu não estava mais sozinha.

Ingressei no grupo em 2011 (ano em que Maria nasceu), nele pude encontrar muitas mamães que partilhavam das mesmas dúvidas, ansiedade e espera.
As pautas variavam entre fraldas, alimentação, ultrassonografia, relatos, fotos e muito, muito amor!



Atualmente as redes sociais vem ganhando um imenso papel, com a criação dos grupos maternos, muitas mamães antes perdidas, começaram a encontrar soluções e afagos virtuais.
O crescimento desses grupos é visível, cada vez mais mães unem-se para trocar figurinhas sobre os filhos e o universo materno. 
Os grupos vão muito além da maternidade, dentro deles, muitas vezes são criados sub-grupos sobre diversos assuntos, citando como exemplo; dica para festas, empreendedorismo, trocas, boa forma e muito mais.

Outro fator determinante para a busca dessa ajuda virtual, é muitas vezes a ausência da família ou a distância da mesma, assim como aconteceu comigo.
Muitas das meninas, encontravam-se na mesma situação que eu, longe das famílias ou sem amigos por perto. 
Era como se fossemos capaz de abraçar as carências que a gravidez gerava, sempre tinha uma ou outra online pra dar um colo, mesmo que esse colo fosse virtual.


Um mutirão materno, onde encontram-se mães carregadas de duvidas, expectativas e frustrações, a  ideia da ajuda virtual, surte um efeito positivo e ajuda mesmo.
Acabamos vivenciando cada passinho do novo ser que chega ao mundo. Acompanhamos o desenvolvimento de perto, fotos e vídeos chegam ao grupo pra ilustrar o cotidiano e tudo fica próximo ao mundo real. O convívio virtual é tanto, que parece que você de fato conhece aquelas pessoas. Passam a ser amigas virtuais!

Nos grupos, também é possível desabafar, e olha, é uma maravilha. Principalmente se o grupo for fechado, rs!
Passamos a ter uma relação de confidentes, onde os nossos segredos são guardados e respeitados.



Muitas mamães passaram do computador para o mundo real.
As meninas do grupo que participo, já se encontraram em várias ocasiões, festas de aniversário ou até em visitinhas nas casas uma das outras.
O abraço enfim aconteceu!




Como mãe e participante ativa de grupos maternos em redes sociais, eu posso dizer que encontrei um refúgio, onde minhas dúvidas eram as dúvidas de muitas, onde meus acertos eram comemorados como os delas. É uma troca mútua de carinho e respeito.
Elas fizeram e fazem parte da melhor e mais importante fase da minha vida, a chegada dos meus dois filhos, Maria e José.
No nosso grupo, era possível postar fotos semanais da barriga, ou fotografar o quarto semi-pronto, fazer bolão pro nascimento e rir dos desejos da gravidez.
Eu vivi cada semana das minhas gestações com elas, os meus rebentos ganharam titias internautas, que apesar de nunca ter-los cheirados ou abraçado, são capazes de emanar boas energias e amor. Eu sei disso e a recíproca é total verdade. 
Tenho cada bebê daquele grupo como um sobrinho querido e esperado, muito esperado.
Sei de cor os nomes de todos e de todas as mamães, acompanho as novas conquistas e vez ou outra me pego olhando as fotos antigas, relembrando cada momento daqueles 9 meses.

Estamos na segunda geração dos bebês do nosso grupo, José foi o primeiro a abrir o nosso novo "berçário", já ganhamos mais um rapaz e agora uma mocinha pra completar o time.
E que seja crescente!

A lição que eu aprendi com o grupo materno, é que muitas vezes, pessoas estão próximas de você fisicamente, mas não são tão presentes.
Que ter encontrado mulheres vivenciando a mesma fase que eu, foi um presente e uma solução, elas são parte da mãe que eu sou, e eu só posso ser grata por isso.
Admiro cada mãe daquela, com sua essência e garra.
Torço por casa bebê daquele como torço pelos meus filhos, e espero acompanha-los por muito tempo ainda, quem sabe, não viramos vovó virtuais, rs.

O amor ultrapassa telas, pra ele chegar até você, é necessário só estar com o coração aberto. 


Gabriel, Sara e Murilo, no aniversário de dois aninhos do Gabriel.

Mamãe Sâmia com o Murilo e a mamãe Luciene com a Sarinha.

Sâmia com o Murilo e a Vanessa com o Gabriel e o marido.

Essa foto é uma fofura só, mil corações pra ela <3 Ainda beeem miudinhos, o Davi, a Belle e a Lívia.


Fico por aqui, um beijo em vocês e até já já. :)

4 comentários:

  1. Ai quanto amor! Eu sou apaixonada neste grupo! Parabéns Lari...amei cada palavra..eu e Davi mandamos muitos beijos a todos vocês!

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  2. Está muito lindo este blog! Parabéns Lari, adorei!

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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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