25/10/2012

Sobre ser mãe, um ano depois.


Estava aqui pensando, como e o quanto eu mudei desde que vire mãe.
Não falo só da mudança comportamental ou a psicológica, a mudança física, uma mudança por completo. Você pode acreditar, ser mãe, faz o mundo ganhar um outro eixo e isso meus queridos, não é opcional, quando se encara o fato de ter que cuidar pra sempre de uma outra vida.

Começa logo pelo fato de que nunca mais, eu disse NUNCA MAIS, você irá pensar só em você.

Eu brinco que eu perdi até minha identidade, virei a mãe da Maria, e sim, adoro ser chamada assim. Aonde eu chego, se não estou com elas nos braços, coisa fácil é escutar alguém  me perguntando pela Cecília.
Acho lindo, os passeios a qual eu era convocada (as cervejinhas), viraram passeios com ela, todos os amigos se preocupam em me lembrar que vai dar pra levar ela e que lá, tem lugar para trocar as fraldas.

Se antes eu entrava numa loja querendo tudo pra mim, hoje, eu quase não me lembro que eu preciso (também) de uns mimos. Se eu não usar um freio, compro tudo pra ela! É como se depois de tanto tempo, eu voltasse a brincar de bonecas, a interpretar as brincadeiras de infância com as minhas bonecas.

Psicologicamente falando, eu ganhei uma segurança única, antes eu era bastante (leia-se bastante com exagero mesmo) insegura. Não confiava na minha capacidade...
Hoje não, minha visão sobre mim, outros quinhentos. Até mais bonita eu me acho (sim, sim)!
O fato de não me sentir mais só, graças a minha Maria, me fez ter vontade de viver, de querer conquistar as coisas, de ter um estimulo pra não desistir. Saber que pra ela eu sempre vou ser a mais bonita e a mais incrível mulher desse mundo, é renovador!

A preguiça que antes era meu sobrenome, hoje quase não tem espaço. Eu fico impressionada com quantas coisas eu consigo fazer com ela no braço, ou, com o simples fato de conseguir acordar cedo, arrumar a casa e seguir pro trabalho, sem me atrasar e com toda maestria.

Fisicamente, eu contei com uma boa genética, meu corpo não mudou muito, mas, tenho um corpo de mãe, de uma mãe que amamentou e que não se preocupou em correr pra academia.
Mas ainda assim, me sinto atraente como mulher, é nessa parte que eu reafirmo o quanto minha segurança está maior. Acho até que me admiro bem mais hoje do que quando eu quase não tinha barriga.

Sobre o meu tempo... bom, não tenho muito dele hoje em dia, meu dia é tomado por completo, as vezes reclamo da ausência dele, mas eu lembro que não ter ele em exagero, faz parte do crescer.

Muda tudo!

Na minha TV, galinha pintadinha!
No meu som, músicas instrumentais para bebês.
No meu chão, brinquedos!
No meu banheiro, shampoos infantis.
Na minha cozinha, mamadeiras!
Nos meus passeios, fraldas!
Na minha cama, chupetas!

Só que na minha vida, tem amor!
Muito amor!

Foram mudanças repentinas, porém, muito bem vindas! Passou um ano, um ano rápido, mas que me tornou muito melhor e mais capaz.
Eu sei que muitas pessoas se orgulham de mim, só que agora, eu me orgulho muito mais do que eu me tornei.

A mãe da Maria Cecília.

21/10/2012

Ano passado... quando ainda faltava uma semana!

Não, eu não consigo sentir a dimensão de como esse ano foi veloz. As vezes tenho a impressão de que a gravidez durou no mínimo 18 meses, e a chegada da Maria até agora, uns dias!

Na verdade, não é o fato de estar faltando apenas uma semana para Cecília completar um ano, foram pequenas coisas que foram me mostrando que o primeiro ano de tantas conquistas e mudanças, tava chegando ao fim, mais rápido do que o meu coração de mãe esperava.
Esse décimo primeiro mês de Cecília, veio com tom de independência, veio com os primeiros passos, com novas palavras, com atitudes diferentes e até com a mudança do leite. É, juro que ter que comprar o primeiro leite ninho (comprei sexta-feira) me fez sentir que minha filha tava mudando pra uma nova fase, me fez sentir insegurança e ao mesmo tempo orgulho, tem alguém crescendo aqui!
Uma mocinha que escova os dentes, que tenta comer com o garfo, que toma seu leite só, que imita meus atos... tem uma mocinha na minha casa, tem sim!

Faz um ano, eu não me lembro mais do peso da barriga, só lembro que comia bastante para saciar a ansiedade, que planejava e desconstruía todo o planejado em segundos, que tinha medo, muito medo.

Mas, foi tudo traçado por amor, hoje eu vejo assim!
Eu sempre falo transbordando de orgulho "Ela nasceu no mesmo dia que eu, sabia?".
Nada foi planejado, juro! Isso veio como mais um sinal de que nós somos uma só, o resultado do amor, um pedaço solto de mim, meu objetivo de vida.

Maria Cecília, um nome composto pra mudar a minha vida todinha, um pitoco de gente que carrega imensa personalidade, um carisma danado. É sério, eu me espanto como tem tanta gente que sente empatia por ela, até brinco, Maria tem alma de vereadora (a parte boa, claro!), anda pelas ruas acenando, soltando beijos!
Não tem como não se apaixonar por essa gordinha, apelido dado a ele por tantos que amam essa danada.

Se ano passado eu era só agonia, esse ano eu sou só orgulho, uma sensação de "eu que fiz!", sabe?

Minha sala foi tomada por papeis da "Galinha pintadinha", tema da festinha que eu estou organizando pra ela. Fiz questão de fazer quase tudo da festa, toda a decoração, lembrancinhas, as comidas doces... quis fazer desta festa a celebração do ano mais feliz da minha vida, brindar a saúde do meu amor maior, com pessoas que a cercam sempre de sorrisos e carinhos.

Estou na contagem regressiva pro dia mais lindo do ano, o meu dia, o dia dela, o que virou o nosso dia!
29 de outubro... estamos te aguardando!

Quando a festinha passar, prometo um post orientando as mamães em como organizar o aniversário, tá?
Vou mostrar as fotos, umas sugestões e por ai vai. Prometido!

Beijos!

04/10/2012

O fim de mais uma etapa, a amamentação.


Amamentar...
Desde que eu engravidei de Maria Cecília, essa era uma das minhas maiores vontades, se antes eu era um tanto leiga no assunto, me tornei expert ao engravidar, li sobre um tudo, a pega certa, posições, benefícios...
Me questionei sobre as mães que mesmo com leite, decidiam não amamentar.
Entrei em parafuso muitas vezes, confesso, amamentar requer muito da mamãe, mas eu nunca desisti,
Como meta, eu me propus a amamentar a minha Maria até ela completar um ano, ainda assim, já tinha mudado meus planos, eu iria amamentar até o segundo ano de vida dela, isso se eu tivesse leite até lá.
Amamentei integralmente até o sexto mês e estava na caminhada do aleitamento até o primeiro ano.
Pensei assim até hoje!

Cecília tem exatamente, 11 meses e 5 dias, completa um ano dia 29 de Outubro (o mesmo dia que eu, por sinal), mesmo não possuindo mais tanto leite quanto antes, eu amamentava minha Maria pela manhã e antes de dormir, o que facilitava ela cair no sono, era um calmante e tanto. Amamentar, virou mais que alimentar, virou um tempo só nosso, um dengo, uma troca de calor, eu e ela e vice-versa.

Como estou de mudança (aleluia!), tô cortando um dobrado, sem tempo pra quase nada, com a cabeça cheia de coisas e ainda tem um outro agravante, a festinha dela de um ano, um corre corre de ideias danado!
Percebi que a pelo menos há dois dias Cecília não tinha "pedido" para mamar (geralmente ela pegava na minha blusa e já deitava na posição de sempre).
Hoje, como de costume, ela acordou bem cedinho, resolvi oferecer o peito como um café da manhã cheio de dengo, ela aceitou, creio eu que até instintivamente, mas não durou nem um minuto, soltou e  virou o rostinho para o lado como quem tivesse negando. Logo em seguida, abriu o berreiro, fome!
Na hora fiquei pensando, será que ela rejeitou ou faltou leite? Apertei o seio com a intenção de ver vestígios de leite, nada!
Lembrei que na segunda-feira, quando ela chegou do hotelzinho carregada de saudade, eu tinha oferecido o seio a ela, sem sucesso, também!
Ela trocou o que antes era o lanche predileto por um daqueles pães bisnaguinhas, sabe?

Pra completar, hoje pela manhã encontrei uma colega no caminho para o trabalho, não sei como, mas chegamos ao assunto amamentação (as vezes eu acho que eu só sei falar de Maria Cecília), contei a ela que quase não estava mais amamentando Cecília e que me sentia com a missão mais do que cumprida. Eu tinha oferecido a ela o melhor alimento até quando me foi permitido isso.

Cheguei no trabalho, sentei na frente do notebook e fui pesquisar sobre o desmame, comecei a compreender que talvez fosse chegada a hora de parar.
Na hora que constatei esse fato, só conseguir pensar que tem uma bebê crescendo, tomando sua independência, aprendendo a viver, como se diz por aqui, saindo um tiquinho da barra da saia da mãe.
E ai cai a ficha, mais uma etapa se conclui, por poucos dias eu não cheguei a minha meta, eu sei.
Mas, carrego no peito muito orgulho de ter amamentado, eu cumpri minha missão, eu abdiquei de tanta coisa por isso, cheia de amor!

Com um próximo filho, me proponho a mesma coisa, amamentar em livre demanda até quando eu puder, cumprirei da mesma forma e venho compartilhar novamente com vocês, tá?

Sim, chega ao fim hoje o meu ciclo de amamentação, porém, os laços eternos que unem mãe e filha, a dedicação para a educação, a preocupação eterna, o amor, esse amor maior do mundo, continuam da mesma forma.
Vamos nessa, uma nova fase vem ai!

É sempre bom dividir isso com vocês, meus leitores. Um beijo!
 
Uma mãe conta. ©Template por 187 tons de frio. Resources: Deeply // Ava7