19/06/2012

7 meses.

Maria Cecília, já chegou surpreendendo no dia em que completava os 7 meses. Acordou tarde, já na hora do almoço e toda animada! Como era o dia do mêssário dela, resolvi fazer um almocinho que ela adora, macarrão, carne, batata e jerimum. Durante o almoço veio a surpresa! Comecei a cantar parabéns pra ela, assim como eu faço tooodo santo mês, e num é que a danada da Maria começou a bater palmas. Fiquei tão abestalhada na hora que nem registrei, mesmo assim fui e peguei meu celular, só que eu achava que ela havia batido as palmas por bater, não pela música e que provavelmente ela não bateria enquanto eu estivesse gravando a nova peripécia dela. Errei feio, quando liguei a câmera e comecei a cantar o parabéns, ela meio descoordenada arriscou mais uma palminhas. Vídeo das palminhas
Preciso nem dizer que eu fiquei que nem uma boba, né?

E claro, as novidades do sétimo mês não findaram por ai. Aprendeu a tagarelar no telefone, ponhe na orelhinha bem certinho e começa o bate papo, na língua dela, claro!
Mas se você pensa que ela só fala em códigos, pode esquecer!
Cecília já solta com facilidade "Mamã" que quer dizer mamãe e que pro meu total delírio, foi a primeira palavra dela ♥
Aprendeu a dizer papai e "aba" que quer dizer água, por sinal ela não pode ver um copo, já diz "abaaa" pedindo toda brava.

Só quer saber de ficar em pé, todo mundo que vê, acha incrível um pitoco de gente desse se equilibrando, e de ontem pra hoje, ela conseguiu subir sozinha num colchão mais alto que estava no chão, uma astúcia sem tamanho, né? Vídeo da Maria em pé

Marcelo ensinou a ela uma risada de mentirinha, pra que? A menina não pode olhar pra ele que começa a dar risadas forçadas, hahahaha. É uma graça!

Anda bem gulosa, também! Tudo que a gente come ela quer, vem pra cima cheia de aperreio querendo um farelo de qualquer jeito e quando não ganha, o berreiro é disparado!

Ah, enfim o primeiro dente dela deu o ar de sua graça , já dá pra ver o caquinho pra fora, ainda bem que não teve as danadas  das reações que tanto falam, ela só coça bastante o local, vive com a língua em cima, deve ser uma agonia mesmo. E o segundo dente todo ciumento, resolveu já rasgar também, já dá pra ver o branquinho. Pra quem era banguelinha, ganhar dois dentes de uma vez, tadinha!

Eu sempre achei Maria bem esperta e levada, eu só vejo ela quieta em dois momentos, dormindo ou assistindo a milagrosa "Galinha pintadinha", fora isso não para um segundo, nunca vi!
Apesar de ser tão trelosa, ela fica no quadrado brincando, coisa que antes não se tinha acordo. Pra cozinhar, arrumar e tudo mais, eu tinha que esperar ela tirar um dos seus cochilos ou dar o play na pintadinha. E agora que ela aceita o quadrado, ufa! Coloco meio mundo de brinquedos lá dentro e consigo fazer as coisas com calma e o melhor, sabendo que ela não vai se machucar, né?

Moramos na capital do forró, Caruaru. Claro que eu já vesti ela de matuta e ofereci a ela uma das iguarias da nossa terra. Preparei uma tapioca sem recheio, só a massa da mandioca assadinha, dei sem muita pretensão, achei que ela não ia curtir, quem disse? Comeu uma tapioca bem grandona e ainda queria mais, digaê!

Cecília tá com 68 centímetros e 8.640kg :)
E passada a infecção urinária, tá tudo bem com a nossa bolotinha, ainda bem!

E como em todo dia 29, fui pra cozinha, preparei um bolo delicioso com massa e recheio de doce de leite, eu e Marcelo acabamos com ele quase no mesmo dia, tava maravilhoso!
Eu até tentei achar uma receita de bolo que Cecília pudesse comer, sair da dieta dos bebês, mas... não tive sucesso! Dai, prometi a ela que quando ela fizer um aninho, faço um beeeem gostoso, só pra ela.

Pois bem, todo dia é uma novidade, cada semana tem uma Maria mais esperta e curiosa, pra variar, registro e acompanho tudo bem de perto, não pretendo perder nada!
E pelo andar da carruagem já já venho contar sobre os primeiros passos dela ou das novas palavras que ela aprendeu.
É uma evolução constante!


Vou ficando por aqui, praticando meu corujismo diário e compartilhando tudo com vocês, tá?













01/06/2012

Dias febris, horas de emergência e uma mãe de primeira viagem

No dia 30 do demorado mês de Maio, Maria Cecília resolveu ir dormir mais cedo que o normal. Pra uma mãe cansada isso parecia leve e lindo. Mas pra uma bebê agitada isso era um tanto intrigante.
Ela acordou as 2h da manhã com uma lapa de sorriso e uma disposição danada, foi só cochilar de novo que às 4h da matina Maria começou a acordar de meia em meia hora, chorando. Um chorinho de agonia, sem muita altura, mostrando só incomodo e tentando alarmar que alguma errada tava acontecendo.

Já de manhã na hora do suquinho, percebi ela "morninha", como não julgam 37º uma febre, resolvi ignorar, achando que a temperatura local interferia na corpórea. Devia ser um positivismo de mãe, né?
Ela tomou o café da manhã normalmente, lanchou da mesma forma, na hora do almoço comeu como sempre. Só que comecei a notar que a quentura tinha aumentado, resolvi usar o termômetro e para de brincar de adivinhação.  Os 37º haviam mudado, agora Cecília tava com 37,5º, resolvi ligar pra mainha e a gente concordou em dar um antitérmico pra evitar que a febre aumentasse. Aprontei um banho, dei a sobremesa e o remédio.
Dai, a "febrezinha" (por enquanto INHA) tinha desaparecido, mais foi só o relógio pontuar quatro horas de temperatura normal, que lá vem a danada da febre, de novo!
A temperatura foi subindo e assim os temidos 39º graus chegaram.
Na manhã de hoje, a febre voltou com tudo, a solução era ir para emergência, claro!
Mediquei a Cecília novamente com o antitérmico, dei um banho e partimos, chegamos lá por volta das 8h da manhã. Bem cansados, a noite não tinha sido fácil, eu, ela e Marcelo tínhamos a cara do cansaço.
Ai começou a nossa peregrinação!

Fomos atendidos ás 9:47, para um canto com nome "emergência", ser atendido mais de uma hora depois é bem contraditório, né?
A médica era boa pessoa, escultou e examinou Cecília como pode, tirou a temperatura e pediu que eu só deixasse Cecília de fraldas, já que depois do antitérmico que eu havia dado a febre tinha diminuído, e retirar as roupas ajudaria no processo.
Ela solicitou exame de urina e exame de sangue, o que já apertou meu coração um bucado. Se eu que sou essa lapa de mulher tenho medo daquela agulha, avalie a minha Maria.

Saco coletor de urina
Apesar de eu não saber da existência do saco coletor de urina, que é usado em crianças e bebês, tive que aprender a colocar. Lavei bem ela antes da coleta, ofereci água e ficamos aguardando o xixi.
Antes disso, a enfermeira veio tirar o sangue, o fato dela ficar caçando a veia de Maria já me marejou os olhos, não tenho o mínimo de vergonha de dizer, eu me acovardei diante da situação, não aguentei ficar do lado, se eu não costumo segurar ela nas horas das vacinas, imagina agora? Não rolou! Já comecei o chororo dali.
Pro meu espanto, Maria nem chorou tanto, assim que acabou escutei o "mã mã", e fui pegar ela e cantar galinha pintadinha, é sempre um bom calmante.

Demorou mais uma hora e o saquinho já tinha xixi dentro, ufa!
Já era 12:00 quando isso aconteceu, a gente já tava um caquinho, fomos comer e Maria já trelava, aparentando uma melhora.
As horas foram passando e nada dos exames ficarem pronto, já foi me batendo uma angustia.
O de sangue ficou pronto duas horas depois, o de urina de acordo com o laboratório, teve que ser repetido por um "erro" que não nos foi justificado. Só nos respondiam com a seguinte frase: "Um erro, o exame terá que ser repetido, vai demorar ainda mais".
E claro,só ficamos sabendo desse erro depois de ir na recepção algumas 500 vezes em busca de noticias.
Comecei a notar um descaso absoluto do plano de saúde, que por sinal pago em dias e caro, só pra constar.
Notei durante essa confusão que Cecília estava quente novamente, pedi a uma enfermeira que mais uma vez olhasse a temperatura, ela colocou o termômetro, pediu que eu segurasse e... SUMIU!
Percebendo que ali ninguém ligava pra nada (pessoa), resolvi marcar o tempo pra tirar o termômetro, quando peguei nele,vi apontando 40º de febre, surtei!
A pediatra já havia me dito que só podia dar um parecer diante do exame de urina, aquele que ia demorar horas, e o que eu fazia até lá? Ficava olhando Cecília murchar e de vez em quando choramingar por uma dor que eu não fazia ideia da onde era? Sinto muito!
Eu podia ter dado esculhambações, pedido pra falar com o "chefe", não fiz nada!
Só tive vontade de chorar, e eu não tô sendo dramática como Maria do Bairro, nem contando um conto pra aumentar um ponto, juro!
Quem é mãe e já passou por isso, sabe muito bem da sensação de impotência que você sente.
Questionamos mais uma vez sobre o exame e a resposta era a mesma, que ele ia demorar.
Não pensei duas vezes, voltei pra casa, se lá eles não queriam nem tocar na minha Maria, eu o faria.
Sai de lá aos prantos, me achando uma merda (desculpem, mas só isso definiria) por não poder fazer nada, ou por não ter "tocado o terror" lá dentro e xingado o país.
Eu tava entalada, e quando minha tia Eugênia (Gem) me ligou, me acabei no choro, disse o quanto eu tava triste por ver minha filha, que é sempre tão energética, ali quietinha, só piscando os olhinhos com um rostinho cansado.
Minha filha é sempre um amor, Maria é o xodó da família Braga/Brito/Anastácio/Menezes (ufa!)
E essa família é linda, minhas tias me ligaram preocupadas, meu pai e minha mãe mesmo de longe, me dando apoio, uma coisa cheia de amor.

Chegando em casa, dei um banho, o antitérmico e alimentei, foi tiro e queda, a febre ainda teimou um bocado, mas com uma hora cedeu, deixando minha Mariazinha dormir em paz.

Lá pelas 17h o tal exame tinha chegado, imagina só, você com um bebê de 7 meses doente, com uma febre misteriosa, esperando esse tempo todo, é de enlouquecer, né?
Marcelo foi buscar o resultado que apontava uma infecção urinária, que de acordo com a médica era um tanto quanto complicada, principalmente para uma bebê.

Na hora que ele me disse fiquei novamente entalada, eu sei que vai todo mundo dizer que a culpa não é minha, mas eu me penalizei.
E olhe, que modéstias a parte, eu me acho uma boa mãe.
Mas, talvez eu tivesse que insistir mais na hora de oferecer água, ou talvez eu não limpe ela direito, deixe ela brincar com o que não se deve, não sei!
Só que pensar que minha Mariazinha tava daquele jeito podendo ser culpa minha, me fez chorar de novo.

Compramos o remédio e eu já dei a primeira dose, graças a Deus ela não pelejou pra tomar, acho até que gostou, queria ficar lambendo o potinho, mesmo com meio mundo de caretas.
Como dizem que o segredo de um antibiótico é dar sempre nas horas EXATAS, eu me agarrei com vários despertadores, não quero falhar nessa missão.

Ai, comecei a me sentir por uns instantes minha mãe (Roberta) e meu pai (Rui), quando eu e meus irmãos ficávamos doentes, sempre tínhamos tratamento vip.
Se era dor de barriga, mainha fazia frango grelhado, arroz branco com rodelas de tomates e claro, suquinho.
Quando gripe, meu pai fazia suco de acerola com o discurso de que ele era o mais rico em vitamina C, e tinha que se tomar, mesmo que não fosse a fruta predileta, TOME COMO UM REMÉDIO!

Acho legal os pais dando esse tratamento, resolvi fazer o purê de inhame que Cecília ama, ela não devorou tudo, mas comeu um bucado.
Claro que eu usei a frase dos pais: "Coma minha filha, você tem que comer pra ficar forte!".

Sei que esse dia me fez sentir mãe de verdade, até então tudo tinha sido fotos e amor, mas a tarefa de ser mãe vai bem mais longe que isso.
Claro que é preciso um time, Marcelo é sempre um amor, repito, não podia ter escolhido pai melhor. Ele é o equilíbrio da coisa, principalmente no emocional, já que nisso eu deixo a desejar, sou metade mãe e o resto manteiga.

Minha Maria agora dome mas, já dançou, bateu palmas, ficou de pé. Dando bons sinais que já já volta a trelar, não vejo a hora daquela danadice toda voltar.

Eu peço a vocês que estão me lendo, que mandem boas energias pro meu bebê, a gente tá precisando.
Desculpem esse texto desenfreado, eu tava precisando desabafar!
Espero voltar logo com boas notícias, tá?




 
Uma mãe conta. ©Template por 187 tons de frio. Resources: Deeply // Ava7