31/08/2014

José {5 meses}


Como eu contei antes, tenho vários posts pela metade - e tantos projeto em mente- e esse é um deles, rs.
Não sou desnaturada, gente, só ainda não me adaptei a nova rotina. Com a volta ao trabalho, tempo e disposição são artigos de luxo para a pessoa que vos escreve. hahaha

Mesmo estando quase completando 6 meses - dia 10 de Setembro -, não posso deixar de postar as evoluções do meu rapaz.

Esse mês teve um diferencial, como vocês já sabem, tivemos que aprender a desgarra um pouco, devido ao meu trabalho. O mês que antecedeu a essa nova rotina, foi marco por adaptações. Era preciso ambientar José Luiz a nova fase.

Bom, amamentei Zé desde que ele nasceu, assim como fiz com Maria. Sempre acreditei na importância do leite materno e sigo firmo com a mesma convicção até hoje. Porém, logo na sua primeira semana de vida, tive uma inflamação em um dos seios, o direito. Depois de alguns remédios, dor e agonia, em pouco menos de 15 dias, esse seio “secou”. 
Sendo assim, até hoje só amamentava José com apenas uma das mamas.
Não me preocupei com a estética, nem com a quantidade de mamadas, ainda sofri com ferimentos cruéis no bico, que ainda não tinha criado resistência para a demanda dobrada de mamadas. Mas, não desisti.

Na última consulta ao pediatra, ganhei o aval de oferecer novos alimentos ao meu filho, como alguns sucos, frutas amassadas e leite de lata (próprio para bebê da mesma faixa etária que ele). Diferente de Maria, J. Luiz aceitou bem os sucos e o novo leite, mas não obteve sucesso com o purê de frutas. Essa semana iniciamos a papa salgada, e essas foram devoradas com muita velocidade. Sinal de que o baby curtiu, rs. As vitaminas de frutas também vem sendo bem aceita. Obviamente que, a alimentação de José é bem saudavél, nada de açúcar ou sal por enquanto. Na verdade, estranhei introduzir alimentos pastosos tão cedo, acho ele tão pequeno, mas enfim. - Vale lembrar que estou terminando de preparar um post sobre as papinhas, ein? -
Nem preciso dizer que o alimento predileto dele, ainda é o leite materno. Ele ama mamar, é a nossa troca, o nosso momento. E se der tudo certo, continuaremos com isso até pelo menos, o primeiro ano de vida dele.
Infelizmente, como só posso oferecer uma mama, minha produção de leite não chega a ser suficiente  para um longo estoque, mas ando ministrando bem as amamentadas com o leite artificial, sem problemas. E não tivemos nenhum tipo de reação, ainda bem!
Na verdade, uma coisa fácil de ser percebida é que José é bom de boca. O cara come tudo!
Muito mais guloso do que Maria, nunca vi!


Partimos para outra grande mudança, as dormidas noturnas.
 José sempre teve sono curto, acordava 4 vezes por noite, sempre choramingando  com fome, e depois que ele teve problemas respiratórios, passou a dormir conosco, no meio da nossa cama. Porém, eu sabia que o retorno a labuta, os dois filhos, o marido e a casa, exigiriam demais do meu físico, seria preciso descansar de verdade, ter meu cantinho de volta.
Começamos então a readaptá-lo ao seu quarto, no seu bercinho.                                               Para a nossa surpresa, desde a primeira noite Zé dormiu super bem, ainda acorda para mamar, mas dorme em seguida. Sim, voltei a dormir de conchinha com o marido, uhul! Rs!
Nosso menino cresce 1cm por mês, e vem engordando conforme o esperado.
Não enfrentamos mais problemas respiratórios, já estamos até quase aposentando o nebolizador, que eu achei que iria usar por bons anos.


A mais nova mania é gostar de ficar de pé, seguramos em suas mãozinhas e logo ele estica as canelas, achando maior graça do feito. Tivemos que baixar o berço, pois o moço precoce já se pendura nas grades e fica de pé sozinho, acreditam? Clica aqui pra assistir a trela. Já se senta com mais segurança e se arrasta por todo canto. Ficar na cama sozinho, nem pensar! Já até ensaiou umas engatiadas. E anda reproduzindo novos sons, vez ou outra até parece que ele vai falar, rs!
Obviamente que todos os dias treino o "MA MA MA", quero ganhar essa disputa de primeira palavra, né? hahaha

Ah, e também temos gengivas inchadas, sinal de que, vem dentinho por ai. Outro post sobre isso logo, logo. Fiquem ligados!

É isso, nosso José continua crescendo, saudável e lindo, como sempre. O nosso corujismo sem fim, permanece!
Caminharemos agora para o sexto mês, uma das fases que eu mais gosto, onde a independência do bebê fica cada vez mais eminente. Quando conseguimos enxergar um tiquinho da personalidade desse novo ser. Vou viver tudo como quem come uma sobremesa predileta, bem devagarzinho, rs. 
Vou ficando por aqui, um beijo em vocês!

30/08/2014

S E X O {depois dos filhos}

Vamos falar de sexo?
Sei que pra muita gente, esse assunto ainda é tabu, o que rola entre quatro paredes, fica lá.
Mas o objetivo desse post, não é dar aulas de kamasutra e nem nada do tipo, rs. Estamos aqui pra falar sobre a vida sexual pós chegada dos filhos. E ai? Por ai ela ainda existe?

Recebi dia desses um e-mail, nele uma leitora me questionava se era normal a ausência do apetite sexual depois de parir. Na hora que eu li, ri. Não por deboche, mais por ter me encontrado naquela pergunta.

Quando Maria nasceu, superamos a quarentena sem nenhum contato sexual. Eu respirei 40 dias de Maria e fui respeitada. Na verdade, sexo era algo pra um terceiro ou quatro plano, não aguardei ansiosa pelo fim do resguardo. E isso não implica dizer que eu eu não desejava/amava Marcelo. Mas, naquele momento tudo era muito novo, meu corpo, meus hormônios, minha rotina. Sobrou pouca da Larissa de antes, pós a chegada de Cecília. Meu lado mãe, que cheirava a leite e Johnson´s baby, não deixava a mulher que sentia falta de sexo se manifestar. 
Passado o resguardo, comecei a me cobrar, a buscar resposta, a ressuscitar a vida sexual de antes. Tive que passar por um momento de aceitação e o marido, por um período de abstinência, devo admitir.
O sexo era interrompido por uma troca de fralda, um chorinho desenfreado de fome ou mesmo pelo meu sono, cansaço incontrolável. A posição, sempre a mesma. E tudo muito rápido, express! 
Ainda tivemos um problema chamado "cama compartilhada". Privacidade pra quem?

Quando começamos a encaixar - literalmente - engravidei de José.
A demanda de necessidades com dois filhos dobrou, claro. O cansaço então... nem se fala. 

Os filhos dormem, o silêncio paira, você tomou aquele banho e vestiu a calcinha, aquelas tipo da "vovó", em busca de um cantinho na sua cama, um aconchego das cobertas e nada mais. Ao abrir a porta do banheiro, uma voz maliciosa te avisa do perigo "humm... as crianças dormiram, ein? Hoje tem!"
E você responde em pensamento: "HOJE TEM?!?!?!?!"

Comecei ame culpar, a prever o fracasso do meu casamento e tantas outras ideias erradas. Não falta gente "experiente" - pra não dizer traída - pra te alertar sobre o perigo de não transar, sempre, com o seu marido. 
Quem nunca escutou: "Quem não tem em casa, procura na rua!".
É o decreto da ruína, sem sexo, sem casamento, sem lealdade e amor. Simples assim.
Mas, pra chocar essa sociedade feia e apática, venho lhes comunicar que, ainda existem homens de verdade, casamentos sólidos, que sobrevivem a calcinha bege e ao sutiã de amamentação. Pasmem!
Antes de voltarmos as boas - sexualmente falando - exercitamos o amor, o carinho e a parceria. Se não fosse confortável pra mim, não seria pra ele.
Sexo não é caridade. A base do sexo é a vontade. E que me desculpem as engajadas em encenação na hora do "orgasmo", mas eu não conseguiria fingir gostar de algo, quando preferia mil vezes estar babando no meu travesseiro.

Ai, essa semana postei no meu facebook uma foto em que uma mulher, com a cara entediada, recebia a  proposta do marido, fazer sexo depois de um dia daqueles, mega cansativo, sabe?
A reação da mulherada- a maioria colocou risadas longas, como se tivessem se identificado naquilo tudo - me fez ver que eu não estava só, não era só eu que tinha passado por todo esse perrengue, rs.
Pensando nisso tudo, resolvi fazer uma enquete aqui no blog - localizada ao lado direito da página - onde 11 pessoas votaram. 
A pergunta era simples: "Como anda a vida sexual do casal pós os filhos?"
A resposta mais clicada destacava "de 15 em 15 dias, rola!". A opção "Nada mudou", garantiu apenas dois votos de todos os outros. 

Não quero amedrontar os aspirantes a papais e mamães, longe disso.
Os filhos não destroem a vida sexual do casal, não é bem assim que funciona.
Mas verdade seja dita, você não terá mais todo tempo hábil, ou tanta disposição pra fazer aquelas posições de ponta a cabeça.

Minha visão sobre Marcelo, depois que os nossos filhos chegaram ao mundo, é outra! É como eu tivesse me reapaixonado novamente, e dessa vez amando desde o primeiro dia.
O que implica dizer que, com esse amor mais maduro, mais sensível, a qualidade do sexo em si, melhorou muito! Rola uma empatia, sabemos onde ir e por que devemos ir. É como se valorizássemos o tempo, é não fazer sexo simplesmente por fazer.

Pra todo esse "fogo" de antes voltar, o homem tem um papel fundamental, é necessário beber da paternidade. Ou seja, apoiar totalmente a sua mulher, compreender o seu mundo materno e suas novas necessidades.  
Se você, meu amigo, dê todo o suporte para a criação do fruto do seu casamento, para a sua relação e esposa, te garanto noites quentes de sexo, rs.

É preciso viver na mesma conexão, abraçando a necessidade do outro. Tá ali na mesma frequência de tempo. Com toda essa cumplicidade, será possível reviver todo aquele desejo de antes, dessa vez com um diferencial picante, a maturidade. 

Beleza? Fico por aqui, uma beijoca em vocês!






28/08/2014

Relato de Parto {Por: Andreia Menezes}

Hoje é quinta-feira, dia de conhecer mais uma historia, dia de relato de parto!
A Andréia é mãe do Lucas e do Júnior, e veio nos contar como os seus dois filhos chegaram ao mundo, mesmo depois de tantos problemas durante as duas gravidez.
Sim, é relato de parto duplo, é amor em dobro. Vamos ler!

"Demorou mais de um ano e meio para que eu engravidasse do Lucas, devido a cistos no ovário e trompas entupidas. Um mês depois desses diagnósticos, engravidei. No dia da ovulação avisei ao marido, fizemos amor e fiquei meia hora de pernas para cima, rs!
E logo depois veio o tão sonhado positivo!
Com seis semanas de gestação comecei a ter sangramentos, parei de trabalhar e fiquei de repouso absoluto, só podia levantar para ir ao banheiro. Usava hormônios, inibidores de contração e outras medicações constantes para segurar o bebê. Com treze semanas, levantei para ir ao banheiro e sangrei muito, cheguei a pensar que estava perdendo o meu filho. Era manhã de natal, corri para o hospital e a médica me examinou, pediu um USG de emergência e graças a Deus o meu menino estava lá, de pernas abertas brincando. Só que, o descolamento tinha aumentado e útero estava baixo demais.
Continue de repouso durante toda a gestação, tendo vários sangramentos e sustos pelo meio do caminho. O maior deles foi quando eu estava grávida de 31 semanas, onde precisei ficar internada pois já estava com dilatação e contrações fortes, e o bebê ainda não estava pronto para nascer.


Com 38 semanas passei muito mal, vomitei durante o dia todo, o médico me mandou ir para o hospital, chegando lá estava com pressão alta, inchada e os vômitos não cessavam. Encaminharam-me para sala de pré-parto para ser examinada, quando meu médico chegou, conversamos e ele pediu espéculos e outro aparelho para a enfermeira, para medir o liquido amniótico. Eu já estava com 6 cm de dilatação, a bolsa rompeu nesse momento e ele nem chegou a colocar o aparelho para ver o líquido. Então, começou as manobras para tentar fazer o Lucas a descer, pois ele estava muito alto. 
Chegamos a conclusão que o risco de uma eclampsia era muito grande, então optamos por uma cesárea.
Ocorreu tudo tranquilo, meu marido me acompanhou todo momento, o médico deixou que o marido cortasse o cordão umbilical do Lucas. Minha maior alegria foi ouvir aquele choro depois de tantas angustias. Nasceu nosso primeiro presente de Deus, cheio de saúde para alegria da Mamãe e do papai.


Com quatro anos o Lucas começou a me pedir um irmãozinho, eu ainda achava que não era a hora, apesar de não tomar anticoncepcional - desde o outro parto usávamos só camisinha - Avisei o marido que estava no dia fértil, ele brincou: "então é hoje que vamos fazer um irmão para o Lucas".
Novamente com 6 semanas de gestação tive um sangramento, comecei a fazer repouso e usar todas as medicações, tudo de novo até o final da gravidez. Só que nessa gravidez os sangramentos eram mais leves e não tinham contrações.
Inchei muito e engordei demais, cheguei no final da gestação com 20 quilos a mais.
Com 39 semanas e 4 dias eu estava muito inchada e com o histórico do outro parto - pressão alta - o médico achou melhor uma outra cesárea, dessa vez eu não tinha nem meio dedo de dilatação, então concordei.

Chegamos na hora marcada eu, meu marido e minha mãe. A anestesista fez todos os procedimentos, colocou soro e aplicou anestesia, depois me deitou, colocou todos os aparelhos e nesse momento meu marido já estava lá, sendo orientado e trocando de roupa. Meu médico chegou, conversou um pouco comigo e começou a se preparar, enquanto o segundo médico não chegava. Eu senti ele passando o líquido na minha barriga e falei pra ele que estava vendo estrelinhas e que o meu coração estava acelerado. 
Ai começou um corre corre na sala, aparelhos começaram apitar, a pressão caiu para 4X2, eu só ouvia minhas colegas dizendo "Andréia fica com agente, não vai!"
Só lembro de falar pro meu médico que não queria morrer, queria ver meu filho. 
Meu marido chega na sala de parto com pediatra e se depara com aquela cena, todo mundo em cima de mim para tentar reverter o quadro - o pediatra logo que percebeu toda a situação, retirou meu marido da sala e só retornou com ele depois que melhorei - meu marido fala que demorou cerca de meia hora para voltarem com ele para sala de cirurgia. Quando meu marido retornou, eu estava grogue mas consciente, ele ficou do meu lado o tempo todo, tive enjoo, palpitações e muito mal estar durante o parto. 

Meu filho nasceu grande, com as pernas tortas por está num local apertado com 51cm e chorando muito.
Logo após o parto aquela sensação do inicio voltou e avisei anestesista logo, antes que eu apaga-se de novo, tive muito sangramento no útero e dei trabalho para o médico para fazer as suturas no útero.  Ele teve que recorrer a medicação para diminuir o sangramento. Demorei mais de seis horas para ir para o quarto, para enfim ter um encontro verdadeiro com meu pequeno amor.
Colocaram um lençol no meio das minhas pernas no pós-parto, onde fiquei com ele até levantar para tomar banho. 
E assim nasceu nosso segundo presente Deus!"

Que sufoco, viu? Mesmo sabendo que os meninos estão bem hoje em dia, li o relato da Andreia buscando o final feliz. A consolidação da vida.
E graças a Deus, depois de tantos problemas, a Deia pode ter em seus braços os seus dois frutos, seus queridos meninos.

E você, quer nos mandar o seu relato de parto? Manda um e-mail pra gente (blogumamaeconta@gmail.com) ou entra em contato conosco pela nossa fanpage, beleza?

Fico por aqui, um beijo e até mais!


26/08/2014

Relato de Parto {Por: Zi Sabater}

Como combinado, hoje é dia de relato de parto!
E hoje, quem vem nos contar sobre o dia do nascimento da Lavínia, é a Zi. 
A Lavínia veio ao mundo através de uma cesariana, e só após o seu chorinho de vida, a mamãe Zi pode compreender que daquele momento em diante, nunca mais ela estaria sozinha.
Vamos conhecer a história das duas? Simbora!

" Domingo 16/01/11. O dia em que teve início a minha história de amor.
Era um belo domingo e as lindas dores de parto começaram, o que me levou a ir para o hospital. Sim, eu já estava com um certo medo, pois eu sentia que tinha chegado a hora de Maria Lavínia chegar a esse mundo. E eu acertei!
A noite foi longa, as dores cada vez menos suportáveis e quase nada de dilatação. Ao amanhecer o dia, a obstetra resolveu que começar a indução do parto. Comecei a tomar todos os medicamentos, o alívio enfim chegou, pareciam que tinham me arrancado todas as dores com a mão. O método de induzir ao parto não deu certo, e logo veio a notícia de que faríamos uma cesariana. Eu não pensei duas vezes, topei.
Eu sentia todos os movimentos dela, ainda dentro de mim, meus sentimentos eram um misto de ansiedade e saudade. Eu não tinha medo da cirurgia em si, confesso.



Começou a cirurgia, meu único receio foi que a médica começasse a me cortar, antes da anestesia fazer efeito, rs. 
De repente, desvio o olhar da equipe e logo escuto um chorinho, era ela!
Não acreditei, a emoção e o amor transbordaram dos meus olhos.
Ela parou e olhou diretamente nos meus olhos, foi a maior emoção que eu já senti em toda a minha vida. Era um olhar cheio de amor.
Amor esse que sinto até hoje, todos os dias quando olho pra ela.
Confesso, minha ficha demorou um pouco para cair, eu não acreditava que ela era minha. Sim, era minha! Quanto amor eu tenho por ela, quanto amor!

Lari, não tenho muitas palavras bonitas para relatar o meu parto. O que eu posso te dizer com toda a certeza, é que nesse dia eu senti o amor (imenso amor) que Deus tem por mim."

Eu posso ler mil relatos, mas, cada um que chega no e-mail do blog tem um sabor diferente, um sentimento especial. Sempre termino de ler eles, acreditando na vida e em seus milagres.
O nascimento de um ser, é muitas vezes o renascimento do outro, na maioria das vezes nasce o filho e com ele o amor incondicional, aquele amor danado, que não cabe dentro do peito, sabe?

Bom, conforme divulguei na fanpage do blog, reservei a TERÇA e a QUINTA para postar os relatos de parto. Mas, pra que isso funcione, preciso dos relatos de vocês. Vamos contar histórias, dividir experiências e partilhar o amor, bora?
Pra enviar o relato é só nos mandar um e-mail, ou mandar uma mensagem pela nossa fanpage, combinado?

Um beijo em vocês e até a próxima!


25/08/2014

Testando {Bepantriz}


Adoro quando testo algum produto e sou surpreendida. Ainda mais quando ele é baratinho, rs.

Quando compro algo pra mim, não me preocupo muito com a marca, vivo em busca de produtos bons e com preços legais. Mas, quando o usuário passar a ser um dos meus babys, a coisa muda de figura. Sempre tento comprar algo que já conheço, ou me baseio pelas marcas conhecidas e que tem um bom feedback. Infelizmente, a maioria dos produtos que tem maior alcance aos nossos olhos, são mais caros.
Só que, depois da experiência com essa pomada, comecei a olhar o mercado infantil de outra forma.

Bom, José está naquela fase crítica, a gengiva inchada, pronta pra receber seus dentinhos. Fora a irritabilidade, assim como Maria, Zé ganhou assaduras - cruéis - que vem como reação aos seus dentinhos que estão por vir.
Não falo de um bumbum vermelhinho, falo de assaduras mesmo!
Antes dele dormir, fiz todo o ritual, troquei a fralda, apliquei a pomada que previne assaduras (as que costumo usar normalmente), o bumbum estava lá, branquinho, branquinho. Quando acordamos, por voltar das 5:30 da manhã, o cenário era outro. José estava com toda a pele do bumbum irritada, bem vermelha mesmo e com umas bolinhas.
Lembro que a pediatra de Maria me disse que na época do nascimento dos dentes, é comum o coco da criança ficar mais ácido e causar tais assaduras.



No tratamento de Maria eu usei a Dermodex tratamento - que custa por volta de R$35,00 -, indicada pela pediatra dela. Mas, no caso do Zé, o dinheiro que eu tinha em mãos era pouco, foi ai que eu lembrei da Bepantriz. 
Na verdade haviam me indicado ela para fissuras no mamilo, porém, lendo a bula na internet, vi que além de ser a genérica da Bepantol, ela combatia as assaduras tal qual as outras pomadas indicadas para o tratamento. E o melhor, pela bagatela de R$9,00.

Com a Dermodex eu tive a resposta do tratamento em 48h, e eu não esperava nem mais e nem menos da Bepantriz, queria ver o bumbum do José livre daquelas assaduras,no mesmo tempo.

Gostei da consistência da pomada, achei fácil de aplicar e retirar. Ela não tem fragrância, tem cheiro de pomada mesmo. Em 48 horas a melhora da pele do meu bebê era notável, regenerou tudinho, tirando a vermelhidão e a irritação de antes.

Por isso, corri aqui pra dividir com vocês que, vale a pena comprar a Bepantriz, não só pelo custo mínimo, também pelo seu máximo benefício. 
Testei e aprovei!

Fico por aqui, beijos!


24/08/2014

Relato de vida. {Por: Camila Menezes)

Hoje eu vou contar a historia da Camila, mas não se trata de um relato de parto. Na verdade, é um relato sobre a vida.  Vocês vão entender o por quê.

Camila é prima de Marcelo, o meu marido. Sempre soube da sua imensa vontade de ser mãe, até que um dia, o celular toca na madrugada, era Caio - o marido dela - nos perguntando sobre a possibilidade de um BHCG dar negativo, rs. 
Eles estavam grávidos, a felicidade era plena. Mas logo tudo virou uma agonia danada, onde ansiedade, medo e amor se misturavam. 

Convidei a Camila a escrever um relato sobre tudo o que aconteceu e ela topou, vamos nessa ler?

" Me chamo Camila, tenho 24 anos, moro em Olinda - PE, mas sou de interior, nasci na cidade de Petrolina.
Namoro com o meu "marido" - não somos casados no papel - há quase 5 anos,  e no final do anos passado resolvemos morar juntos.
Sempre quis muito ser mãe e Caio sempre deixou claro a sua vontade de ser pai. Então, depois de meses dividindo nossas vidas, decidimos para de evitar filhos, rs.
Cheguei a fazer alguns testes de gravidez, quando minha menstruação atrasava. Apesar de não estarmos "tentando" de fato ter um filho, sempre que existia o atraso menstrual, nós nos enxiamos de esperanças. Mas, nada acontecia...
Como eu tenho gastrite, deixei de lado a ideia de engravidar e resolvi tratar meu problema gástrico. Ai, a médica me perguntou se havia possibilidade de gravidez, já que o tratamento não poderia ser feito em gestantes. Por mais que eu tivesse a minha certeza de que não estava grávida, respondi que havia chances sim. Ela findou me passando a solicitação de um exame BHCG.

Duas semanas depois resolvi fazer o exame, para então começar o tratamento, ai veio a grande surpresa: POSITIVO!
Ficamos no céu com a novidade! 
Eu tinha uma USG endovaginal marcada anteriormente, fazia parte do exame preventivo. 
Até então, eu não sentia nenhum sintoma de gravidez, nada de enjoos, azia... 
Enfim havia chegado o "grande dia" de termos uma noção de como estava o nosso baby. Assim que ela colocou o aparelho em mim, perguntei ansiosa, eu só queria ouvir algo tranquilizador. - Dra. eu estou mesmo grávida? Não sinto sintoma algum.
A resposta veio logo: - Calma, ainda é muito cedo para sentir algo, logo você vai ter saudades dessa ausência de sintomas.
E ela continuou mexendo o aparelho, pra lá e pra cá, diversas vezes, mas sem me dizer nada. - Comecei a ficar nervosa - Resolvi perguntar se estava tudo bem, ela não me respondeu nada e começou a falar termos técnicos para a sua assistente. Só depois virou pra mim e soltou a bomba: - Olhe, existe o saco gestacional. Só que, pelo tempo que vocês está já era pra visualizamos a vesícula vitelina. E ela não existe. O que significa que, não haverá embrião. Não consegui prestar atenção em mais nada do que ela falou depois disso. Só consegui perguntar o que eu faria, se seria preciso uma curetagem. Ela só me mandou procurar um médico, e me disse que provavelmente meus hormônios se encarregariam de expulsar o saco.




Sai de lá e liguei para a minha mãe, contei tudo. Não demorou muito e ela ligou de volta, me pedindo calma, dizendo que havia falado com uma ginecologista conhecida que havia dito que, pelo tempo era possível não ver nada mesmo.
No fundo criei um pouco de esperanças, mas a firmeza com que a médica teve ao decretar o resultado do exame, me fez ter certeza de que eu não era capaz de gerar um filho.

Como o exame de sangue que eu fiz era do tipo qualitativo (positivo/negativo), decidi fazer um quantitativo, para acompanhar a taxa de hormônios. O resultado só sairia no final da tarde, que dia demorado! Resolvi ocupar a cabeça com o trabalho, mas de meia em meia hora verificava o site do laboratório. Enfim o resultado saiu 5.988mUI/ml, pela referência eu estaria com 4 semanas. Faria outro beta em uma semana. Semana essa que se arrastou, foi desanimada, com choros noturnos e confesso, pouca fé.
Chegou o dia do novo BHCG! Fiz logo cedo, assim o resultado sairia antes do meio dia, novamente a ansiedade tomava conta de mim Para a minha surpresa, os hormônios haviam triplicado! 
Eu queria acreditar que tudo que a médica tinha me dito, não passava de um erro dela. 
Fui na minha obstetra pela primeira vez, contei tudo, mostreis os dois exames BHCG  e ela me deu esperanças. Disse que haviam chances sim de existir o meu bebê. Me solicitou uma nova endovaginal, consegui marcar o exame para seis dias depois. 
A espera foi terrível, até que me chamara. Eu não tava nervosa não, tava me amostrando! Graças a Deus, Caio estava comigo, como sempre. 
Mal a médica colocou o aparelho e eu disparei: - Tem feto Dra.?
Ela me olhou assustada, tratei logo de explicar tudo a ela. A médica demorou ainda mais alguns segundos até me dizer que sim, existia feto!
Colocou o som do coraçãozinho para escutarmos... não sei de quem era a cara de mais besta, a minha ou a de Caio, rs!
Que felicidade indescritível! Que alívio! Eu era capaz/sou de gerar filhos!
Só felicidade!
Só depois da certeza, enfim eu me senti grávida, com direito a todos os sintomas!

Para alguém que venha a passar por isso, eu deixo um conselho - apesar de saber que é complicado - mantenha sempre a calma. Procure outro médico, escute outras opiniões.

Por fim, quero agradecer a essa mãe, amiga e "prima" incrível, por toda força e apoio que me deu durante tudo isso que passei. Lari Braga, você não existe! Obrigada! "

Eu vi de perto toda a agonia que Camila viveu. A incerteza da gestação e toda a tristeza que os pensamentos negativos traziam. Até que no dia da segunda ultra veio a notícia boa, Camila me enviou via whatsapp o som do coração do seu filho batendo. Ele estava lá!
Eu não me contive, chorei, fi impossível não se emocionar com aquele barulhinho ainda tímido, com som de amor. Fui correndo mostrar a Marcelo que eu estava certa em ter acreditado que existia sim um bebê. Era o coração dele nos mostrando que a vida é muito superior a qualquer diagnóstico médico. 
Lá estava o bebê tão sonhado por Caio e Camila, cheio de saúde e crescendo firme e forte!

E com esse final feliz, eu me despeço de vocês. Um beijo grande e até já já!





23/08/2014

Relato de Parto {por: Katia Eicke}


Hoje é dia de relato de parto, melhor ainda, de relato DUPLO <3

Vamos conhecer hoje os relatos da Katia, que é mamãe da Larissa, minha xará querida,e da Isabel, a caçula.
A Katia passou por duas cesarianas, mas cada uma trouxe consigo sentimentos bem diferentes. Vamos ler e conhecer a historia dessas três meninas.

RELATO DO PARTO DA LARISSA
Sempre sonhei com um parto normal, mas assim que descobri que estava grávida vieram os medos. Parecia que todas as pessoas que eu conhecia, tinham feito cesárea ou se tiveram parto normal, foi sofrido, não recomendavam. Para piorar, a médica também queria a cesárea, simplesmente porque queria! Ela me disse que não queria me influenciar, mas ela, que não era mãe ainda, disse que se tivesse um filho “com certeza farei cesárea”. Naquela época estava tudo bem pra mim assim...
Marcamos para o dia 22 de junho de 2009, quando completei 38 semanas e 4 dias de gestação... às 06h da manhã, eu e meu marido chegamos na maternidade, eu tinha plano de saúde, mas no hospital não tinha quarto vago pra mim. Então, meu marido ficou no corredor e eu fui direto pra sala me preparar pra cirurgia. - Meu marido não quis entrar junto, ele é muito mole pra qualquer coisa que envolva sangue, agulhas e afins -


Lá fui eu, com aquelas camisolas abertas atrás, andando pelo corredor, rs. Estava super tranquila, acho que não tinha caído minha ficha ainda. Uma enfermeira me ajudou a deitar na maca e foi arrumando as coisas, conversando comigo. Chegou o anestesista e nada da minha médica, o parto era pra ser as 7:00 horas, já eram 7:15 e nada dela aparecer... Estavam todos comentando o atraso, mas ninguém me falava nada. Até que enfim, ela apareceu, sem maiores explicações.
Assim que a médica chegou, o anestesista já foi conversando comigo aplicou a anestesia sem problemas, comecei a sentir formigamento e mal conseguia me desvirar, já não sentia mais minhas pernas, o anestesista foi narrando tudo o que acontecia, ele ficou o tempo todo ao lado da minha cabeça.
A Larissa nasceu em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, às 7:48, pesando 3,220kg e medindo 51cm, chorou logo que nasceu, o pediatra me avisou que que logo mostraria ela, colocou ela perto do meu rosto e deixou ela lá por alguns instantes - pra mim duraram uma eternidade - foi maravilhoso!!!
Depois ele levou ela novamente pra fazer todos os exames necessários, limpar e vestir, só então meu marido acompanhou tudo e eu fiquei lá pra ser "costurada" novamente. Lembro que comecei a me sentir mal, avisei aoo anestesista, minha pressão estava caindo, mas logo melhorei com os remédios direto na veia.
Mal a médica saiu da sala de cirurgia eu comecei a tremer, achei que estava passando frio, mas daí me levaram pra sala de recuperação e lá comecei a tremer de verdade. Nem o aparelho de medir a pressão conseguia medir, eu tremia muito, o corpo todo, era a anestesia perdendo o efeito, as enfermeiras falavam pra eu respirar fundo e me acalmar, mas eu não conseguia, era involuntário, eu pulava muito.
Como não tinha um quarto certo pra mim levaram a Larissa pra sala de recuperação pra ficar comigo, ao contrário do que ouço sobre o pós cesárea, onde a mãe fica muito tempo sem ver o bebê, nós ficamos por horas lá sozinhas, nos “curtindo”. Não consegui amamentar de imediato, eu era mãe de primeira viagem e não sabia o que fazer, ainda mais deitada sem conseguir me mexer. Todos estavam nos esperando, inclusive as enfermeiras que ajudam na amamentação. 

RELATO DO PARTO DA ISABEL
A médica que me acompanhou na gestação da Isabel, era mais tranquila quanto a fazer um parto normal, mas conforme o tempo foi passando, ela falava cada vez mais sobre a tranquilidade de uma cesárea. Até que na última consulta antes do parto, ela chegou a conclusão de que a gente deveria fazer uma cesárea já nos próximos dias, pois meu útero estava muito fino e ela tinha medo de uma ruptura uterina. Acabei concordando e ela nasceu no dia 21 de novembro de 2011.
Neste dia completei 39 semanas e 2 dias de gestação, cheguei no hospital às 6:00 horas da manhã, logo fui internada. 


Morando agora em Amambai, Mato Grosso do Sul, o hospital da cidade é pequeno e o procedimento foi todo no quarto mesmo, coloquei aquele “avental”, me colocaram no soro, fizeram depilação, às 6:40 eu já estava pronta no quarto só esperando a médica. eu estava mais uma vez tranquila - tranquila demais - tudo aquilo era tão “frio”, eu não estava ali pro parto da minha filha, eu estava ali esperando pra entrar em uma cirurgia, ser cortada e tirarem minha filha de dentro de mim. Cheguei a falar pro meu marido do meu desconforto. “nunca mais quero passar por isso, olha só minha situação” (sobre uma cesárea agendada).
A médica chegou pontualmente as 7:00, veio conversar comigo, me examinou e disse “está bem na hora”, uma enfermeira veio me buscar e fui até o centro cirúrgico, sentei na maca, estava com muito medo dessa anestesia. Eu ficava pensando que ela estava cortando a pele, e outra camada... Aff! pra mim aquilo pareceu uma eternidade, até que a médica falou que já estava vendo o cabelo dela, em seguida escutei um barulho de água, e comecei a chorar. - Enfim meu coração amoleceu -
Assim que ela nasceu chorou e eu chorei junto. A enfermeira falou que eram 8:00h e logo fui avisada que estava tudo bem com ela.  Isabel nasceu com 3,160kg e 51 cm, não saiu nem um minuto de perto de mim. Trouxeram ela perto de mim e eu só conseguia chorar, depois pesaram, mediram, limparam ela e colocaram o brinco, tudo ali mesmo, colocaram ela no bercinho e lá ela ficou até que a médica terminou de me costurar. Nessa hora comecei a tremer, como no primeiro parto, era reação da anestesia que já estava começando a passar. Levaram a gente direto pro quarto pois lá não tem sala de recuperação, tive que ficar deitada sem travesseiro e com as pernas um pouquinho elevadas até as 14:00h, mas o tempo todo a Isabel ficou nos meus braços, deitadinha ao meu lado, pra ficar bem aquecida. Por volta das 10:00 uma enfermeira foi lá e me ajudou a colocar a Isabel pra mamar. Foi maravilhoso, muito rápido e tranquilo. Eu estava bem mais nervosa e emocionada do que no primeiro parto, mas de certa forma foi bem mais tranquilo.

Amo esses relatos duplos, conhecer duas histórias de uma vez só é amor demais, né não?
Obrigada Katia, por ter nos contado sobre essa magia dupla, o nascimento das suas meninas. 

E como eu sempre falo por aqui, pra mandar o seu relato de parto é fácil fácil. É só entrar em contato conosco via fanpage ou pelo nosso e-mail. Beleza?

Um beijo em vocês e até a próxima!





21/08/2014

Relato de Parto {Por: Roberta Silva}


Hoje é a vez da Roberta conta o seu relato de parto. Na verdade, acho que é muito mais do que é um relato, é uma historia que vai servir como exemplo de amor.
Usando as próprias palavras dela, a Roberta renasceu. Depois de um tratamento para engravidar e tantos outros diagnósticos negativos, a Rô estava grávida e daria a luz ao seu menino, o William.
Vamos conhecer um pouquinho mais dessa historia?

"10/11/2011, o dia em que às 16h00 eu morri, para em seguida renascer. O mesmo corpo (ou quase), mas totalmente outra mulher. Pouco restou de  mim, a ainda hoje eu busco um pouco do que eu era.
Para que meu relato faça sentido, vou ter que voltar um pouquinho no tempo. Eu tive dificuldade para engravidar, como milhares de mulheres, se não me engano a maior causa de infertilidade feminina, eu tenho SOP (Síndrome do Ovário Policístico), descobri aos 17 anos, quando já namorava meu marido, que seria difícil, e que um tratatmento seria necessário. Em seguida foi diagnosticado o útero transverso. Namorei 9 anos, estava casada a 5, já com 28 anos eu não tinha mais muitas esperanças e decidi então que não poderia apostar tudo numa coisa que poderia não acontecer, foi quando... eu desisti.  Em março de 2011 eu estava grávida! Mas nada poderia ser assim tão fácil e não foi. Aos 6 meses de gestação fui numa consulta de rotina e sai de lá com uma guia de internação, eu tinha outro problema, ICC (Insuficiência Istmo Cervical), estava com 4,5 de dilatação e precisava fazer uma cirugia com urgência para costurar o útero (a Cerclagem) e tentar salvar meu bêbe. Passei os 3 últimos meses de repouso absoluto, sozinha em casa, com um computador e intenert pesquisando sobre casos como e meu e ficando cada vez mais apavorada. Sofri muito, comprei um negócio de ouvir o coração e cada vez que demorava mais a mexer eu entrava em desespero.


Enfim, chegou o grande dia, cesárea agendada, nem me passou pela cabeça o parto normal, pois teria que retirar os pontos com uma intervensão cirúrgica e ele nasceria em seguida e seria tudo mais arriscado. Acho que ninguém dorme na noite anterior, na verdade a gente já não dorme nas últimas semanas... levantei de manhã, tomei banho e segui para o hospital, com meu marido. Meus pais, minha irmã e minha prima aguardavam no portão do condomínio seguiram para me acompanhar. Internei, exames de sangue, muita fome e... o médico teve uma emergência e meu parto atrasou, como aqueles minutos não passavam... enfim chegou o maqueiro, eu só queria encontrar meu marido, e antes de entrar no centro cirúrgico ele já estava lá comigo, me acompanhou o tempo todo.  O anestesita era o mesmo da cerclagem e lembrou de mim, meu médico de confiança (é o médico da família toda, estou com ele desde a adolescencia), a enfermeira que me acompanhou durante todo o pré-natal no consultório, eu me sentia muito segura. Mas eu passei muito medo durante o repouso forçado e só esperava uma coisa: o choro! Demorou (na verdade não, mas naquele momento parecia demorar muito), quando eu ouvi, o melhor som do mundo, aí meu obstetra o levantou acima do pano e me mostrou, até caiu um líquido no meu rosto, tão lindo, sujo, enrugado, meu filho! Como foi que um dia eu pensei que poderia desistir de ser mãe? Naquele momento tudo mudou em minha vida. Eu precebi que mentia, para mim, principamente, e que ter um filho era sim o grande objetivo na minha vida. Chorei, marido chorou, pose pra fotógrafa, ali eu era só felicidade, o medo foi embora.
A Roberta morreu e nasceu, dia 10/11/2011."

Terminei de ler o relato com muito orgulho da Roberta. Adoro trazer relatos assim para vocês, só pra mostrar que a vida é imprevisível e que ninguém controla o amor, ele brota sem permissão alguma, e muitas vezes se personifica em forma de filhos, como no caso da Roberta. 
Ro, muito obrigada por dividir conosco essa parte tão importante da tua vida, um beijo.

E você, quer nos mandar o seu relato? Entra em contato conosco via fanpage ou pelo nosso e-mail. Vamos amar!



19/08/2014

Relato de Parto {Por: Rebeca Buarque}


Vocês perdoam minha ausência? Gente, tá barra dar conta dessa minha rotina nova, dois filhos, marido, casa e trabalho... sentiram meu cansaço? Rs!
Tenho 4 posts completos, prontinhos para virem ao ar, mas sempre tem um contratempo, um chorinho, um "vem cá, mamãe!", ai já viu, acabo adiando. E eu só gosto de acessar o blog com tempo e vontade de estar aqui. Pra sair tudo com carinho pra vocês, claro.

Bom, me muni de coragem e separei 15 minutinhos pra trazer esse relato pra vocês.
Será o nosso primeiro relato de um parto domiciliar.

Semana passa postei aqui, o relato de parto da Rebeca, onde ela conta como a Isadora nasceu. 
Nesse novo relato, a Rebeca nos faz conhecer a historia do João, o seu filho mais novo, que veio ao mundo da forma mais natural, mamífera e cheia de amor que pode existir. Vamos ler?

"Na gravidez de Isadora, sabia que queria um parto normal! Conheci uma médica que falou o seguinte: "Ah, se der tudo certo, quem sabe?" E foi. Fui até o fim tentando lutar e consegui o que chamo hoje de parto vaginal. Pois é, não foi uma cesariana, mas Isadora chegou ao mundo cheia de intervenções, eu sofri, ela sofreu! No fim da primeira gravidez tive contato com pessoas que estudavam e que lutavam pelo gestar, parir e criar com empoderamento, mas deixei passar!
No dia em que soube da gravidez de João, eu e Rodrigo falamos ao mesmo tempo: "Esse nascerá em casa". Estudamos, nos informamos, conversamos....e foi!
Dessa vez foi. Veio João, depois de 10 horas de trabalho de parto, sem nenhuma intervenção (não teve ocitocina sintética (porque natural teve muita), nem anestesia, nem episiotomia), com uma circular de cordão, dentro da bolsa de águas, com 54 cm e 4,100 Kg (nasceu de uma magrela com seus míseros 47 Kg), nasceu e veio pro meu colo (não pra uma sala fria pra ser examinado, pesado, esticado. Não recebeu vitamina K, seu cordão só foi cortado depois de parar de pulsar, nada de colírio nem de sonda anal, nasal...).
Na casa estavam: Danieli (Parteira Tradicional), Maiana (doula), Lígia (minha prima), Carol (amiga), Mainha, Rodrigo e Isadora.



Relato:

Era manhã de domingo 26/05, aniversário de mainha, e naquele momento, o tampão nos avisou que havia chegado a hora. Carol e Lili chegam no começo da noite. Mainha já estava por lá. Preparamos a casa para a festa do nascimento! Caminhamos na rua para mostrar a João que a lua cheia estava à sua espera! E assim foi, à 00:20 o trabalho de parto se inicia de fato. Dani e Maiana chegaram um pouco depois, trazendo seus conhecimentos, tranquilidade e segurança para o momento. As dores aumentavam, os intervalos entre elas diminuíam. Rodrigo, companheiro de todos os momentos não me deixou só. Me segurava, me abraçava e encorajava. Vi, pela janela do banheiro, que o sol estava nascendo, num banho quente que ficou frio (falha na organização) e ali, Dani apareceu e disse que eu poderia ir pra banheira se quisesse. Naquele momento, sabia que estava próximo e fui. Antes de chegar lá passei por um momento de contrações no corredor, me marcou, porque via tod@s se revezando para me manter de cócoras, que era, naquele momento, uma posição confortável. Entrei na banheira mas não fiquei muito tempo. Depois de algumas contrações lá dentro, Dani me chama para fazer um toque (o único) e aí veio a notícia: dilatação completa - 10 cm! Tentei me manter de quatro para o alinhamento do útero, lembro que nesse momento as contrações vinham acompanhadas de sorrisos, e foi quando Dani voltou e me ofereceu a banqueta de parto! Era chegada a hora! As contrações vinham fortes, e o cansaço e ansiedade daquele momento estavam nos rostos de cada um! Em um momento me ofereceram o espelho para que eu pudesse olhar meu João ainda dentro de mim, e olha lá, a bolsa estava íntegra, toquei e senti a bolsa, e a vontade veio com tudo...Rodrigo me segurava pelos ombros a cada contração...e com um grito de mamífera, de mulher chamei o meu João, que me atendeu e nasceu! Lembro do barulho de chuva, lembro do seu pouco choro, de sua tranquilidade ao me olhar, de seu barulhinho com a boca e do seu cheiro, ahh, como lembro de seu cheiro! Isadora que havia dormido toda a madrugada acordou e chegou no quarto exatamente no momento em que ele estava nascendo, numa sincronia perfeita entre irmãos. Eram 8:49 do dia 27 de Maio de 2013. Um dia de cura, de renascimento, coragem, respeito, tranquilidade, amizade, de amor. Sou grata à tod@s que fizeram parte desse momento, os que estavam ali, e os que não. Sou grata à natureza e sua perfeição. Sou grata à vida!"

Sempre que termino de ler sobre um parto domiciliar/natural, fico maravilhada com o ato de parir. Brinco que, daqui a quem sabe, 5/10 anos, eu possa engravidar de novo e parir dessa mesma forma, como uma mamífera que une forças, pra ter a cria nos braços e poder enfim lambe-la, rs. 

Tenho que agradecer novamente a Rebeca, por partilhar mais um relato de parto, tão cheio de amor assim.

E você, quer nos enviar o seu relato? Entra em contato conosco via fanpage ou pelo e-mail. Vamos adorar receber sua historia.

Fico por aqui, um beijo!


 
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