06/05/2011

Pré-natal


Minha primeira consulta pré-natal foi marcada por dúvidas, interroguei mesmo.
Não deixei nada escapar, levei tudo anotadinho, cheguei lá tal qual uma metralhadora, cheia de perguntas, rs.
O pré-natal é muito importante, graças a ele sua gestação e o seu bebê, serão monitorados mensalmente, a fim de garantir uma gravidez saudável e sem riscos.
Quando começar a fazer?
O ideal é iniciar o pré-natal, assim que for considerada uma possibilidade de gravidez, que geralmente identificamos por um atraso de gravidez ou por um enjôo. Quanto antes for iniciado o acompanhamento, melhores serão os resultados alcançados.

Pra que fazer?
Além de monitorar a gestação, o pré natal é um tipo de preparação para o parto. Durante os meses de visitas ao obstetra, serão solicitados diversos exames, que vai servir para diagnosticar qualquer alteração durante a gravidez, avaliando assim a saúde da mamãe e  o do bebê.
Que exames são esses?
•Hemograma completo detecta anemia e infecções.

Glicemia, Útil para detectar intolerância à glicose e diabete.
 
Sistema ABO e fator Rh, verifica o tipo de sangue e se o fator Rh é positivo ou negativo.
 
HIV (vírus da imunodeficiência humana)
 Sorologia para rubéola, avalia se a mulher tem imunidade contra o vírus da rubéola (extremamente grave para o feto), seja por vacina, seja por ter tido contato com a doença.
 
Reação para toxoplasmose, acusa se a grávida já teve alguma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Esse microorganismo pode provocar danos nos nervos e na visão do feto.
VDRL, pesquisa laboratorial de doença venérea. Como o nome denuncia, é útil para detectar problemas como a sífilis. A bactéria por trás desse mal, pode provocar aborto, parto prematuro e más-formações caso a mãe seja portadora do microorganismo.
 
Sorologia para hepatite B e C, mostra a presença dos dois tipos de vírus.
 
Urina
 Fezes
Além desses exames clínicos e laboratoriais, também serão solicitadas ultras, as principais são:
Translucência nucal 
Que é feita perto das 13 semanas, e mede uma dobra específica na nuca do bebê e a verificação da presença do osso nasal, sendo possível assim de detectar algum tipo de problema genético como a  
síndrome de Down.  Ultrassom morfológico 
Feita por volta das 20 semanas, é a ultra mais completa, e geralmente já se consegue vê o sexo do bebê, embora o intuito não seja só esse. Nessa ultra será verificado o coração do bebê, formação cerebral, sistema digestivo, medindo também o fêmur, para acompanhar o crescimento do bebê, e vê se está sendo o esperado. 

As consultas do pré-natal variam de 30 em 30 dias ou de 15 em 15 dias, dependendo do caso ou, da evolução da gravidez.


O peso ideal para se adquirir durante a gravidez é de aproximadamente 12kg,  se já houver casos de hipertensão ou diabetes na família, o risco de obter a doença é maior ainda, ficar de olho na balança e comer bem é muito importante.

Outras questões levantadas durante o pré-natal,  são os usos de medicamentos. Muitos remédios não podem ser utilizados durante a gestação, por causarem má formação fetal. Assim, o acompanhamento médico é essencial para garantir que a gestante só use medicações prescritas. O médico também indicará algumas vacinas como a antitetânica, caso a gestante tenha tomado a última dose a mais de cinco anos, a vacina deve ser aplicada novamente.

Em resumo o pré-natal protege tanto a mãe quanto o bebê, todas as mulheres gestantes devem ser incentivadas a realizarem o pré-natal, caso não possam arcar com um plano de saúde, é só buscar o atendimento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS).

Busque ficar bem à vontade com seu médico e tire todas as dúvidas, peça o telefone dele e não pense duas vezes antes de ligar se julgar necessário.
Ir ao pré-natal é dar a primeira prova de amor ao seu filho, pode ter certeza disso. 
Fico por aqui, beijos. 

05/05/2011

Enjoei de enjoar.


Muitas pessoas descobrem a gravidez depois de desconfiarem dos enjôos, eu não descobri assim. Na gravidez de Maria, eu me gabei bastante de não enjoar nada, até o primeiro mês, rs. Mas ai, chegou o segundo mês... putz! Enjoar virou uma rotina.
O enjôo se dá por um desequilíbrio hormonal durante a gravidez, geralmente tendem a durar até 16ª semana, mas podem durar até o final da gravidez, como foi o meu caso.  Pior, não há nada que você possa fazer para evitar, além de tentar se manter alimentada.

Eu já acordava enjoada, e é bem comum que o enjôo seja mais forte durante a manhã. 
Muitas grávidas sofrem com essa mesma tortura, pesquisas mostram que os enjôos durante a gravidez atingem 80% das mulheres, pasmem!

Eu já paguei todo tipo de mico graças ao enjôo, vomitei em parada de ônibus, lata de lixo, em lojas, no trabalho e por ai vai...
Cheguei a ficar desesperada, porque mesmo com o famoso “dramin” – que dá um sono danado! – eu continuava enjoada. Foi ai que eu parti para as minhas pesquisas via Google, rs.
Os médicos recomendam comer de 2h em 2h ou de 3h em 3h, você vai perceber qual o melhor tempo pra você, no meu caso eu não podia vacilar com a barriga vazia, passei a comer de 2 em 2h, e comecei a notar que adotar essa nova rotina amenizou bastante os meus enjôos.
É interessante se alimentar assim que acordar, antes mesmo de escovar os dentes. As frutas pós-refeição também ajudam a diminuir essa sensação de mal-estar, e obviamente evitar alimentos pesados e gordurosos.

Me muni de alguns alimentos coringas para não enjoar.
No quesito fruta, comecei a adorar frutas mais ácidas, como o abacaxi, a laranja, o limão.
Também virei fã da água de coco e dos biscoitos que tinham como base o amido de milho.

Separei outras dicas para ajudar nessa saga enjoativa, rs
  • Coma alimentos ricos em carboidratos e proteínas;
  • Coma a cada duas horas e tenha sempre à mão bolachas de água e sal;
  • Durante as refeições não beba nada, isso dificulta a digestão;
  • O enjôo pode piorar ao tomar vitaminas. Consulte seu médico se esse for seu caso;
  • Evite as comidas fortes, com muita gordura e principalmente as frituras;
  • Tomar iogurte, que é rico em vitamina B, reduz o enjôo;
  • Limonada sem açúcar e bebidas frias e ácidas, ajudam a diminuir o mal-estar;
  • Evite deitar após as refeições.
(dica dada pela Nutricionista Nádia Maria Albano)
Vale lembrar que mesmo seguindo essas dicas, não implica dizer que você não vai mais enjoar. Obviamente antes de tudo, você deve consultar o seu obstetra, principalmente se os vômitos tiverem grande freqüência. Combinado?
Espero ter ajudado, beijocas.

Engravidei e não casei!


Se você engravida e não tem o anel dourado na mão esquerda, iiih, tem alguma coisa errada com você.
Estar grávida e não ser casa da muito pano pra manga, vão achar que sua gravidez foi indesejada, acidental, que o pai não vai assumir e que claro, você está fadada a solidão, afinal de contas, quem vai querer se relacionar com uma mãe solteira?
É quase pecado!
Casamento - "Casamentocasório ou matrimônio/matrimónio é o vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamentalreligioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica são as relações sexuais, embora possa ser visto por muitos como um contrato.[1]As pessoas casam-se por várias razões, mas normalmente fazem-no para dar visibilidade à sua relação afetiva, para buscar estabilidade econômica e social, para formar famíliaprocriar e educar seus filhos, legitimar o relacionamento sexual ou para obter direitos como nacionalidade."

Ou seja, eu não preciso que a sociedade reconheça que a minha união é estável pra fazer sexo, nunca precisei da autorização de nenhum padre para formar a minha família. Minha relação afetiva é algo particular, a gente precisa de amor, lealdade e felicidade pra nos tornamos marido e mulher, não de um contrato matrimonial.
Eu acredito em unir objetivos e alma, não em dizer sim perante testemunhas ou um cara no cartório. Pra que?
Filho não é aliança dourada, é um elo entre os pais, somando mais amor.

Quando eu fui fazer à primeira endovaginal, fui interrogada por várias mulheres, acho que nunca tinha sentido o "bullying" de tão perto, rs
Com cara de pena, elas divagavam sobre a minha pouca idade – na época da gravidez de Maria eu tinha 22 anos -. Criticavam o fato de eu ainda estudar – faculdade – e claro, quase caíram duras por saberem que eu não era casada.
Senti o pré-conceito pulsando.  Mas não me importei, nunca precisei do aval de seu ninguém para amar, dei frutos e era isso que me bastava.

Pra formar essa família aqui, eu só precisei de fertilidade e amor, juro!
Na verdade, todas as famílias seguem essa formula e claro que, família não é só a dita convencional, pai, mãe e filhos, pode ser qualquer composição, mãe, mãe e filhos, ou só o pai com seu filho.
"A família é unidade básica da sociedade formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laçosafetivos."

É nisso que eu acredito e é isso que eu sigo!
Não sou contra quem casa, nem abomino os casamentos, só não curto as pessoas que não respeitam o fato de você não querer casar.
Digam como for, me amiguei, brinco de casinha e to nem ai!
Meus filhos têm uma mãe, um paizão e uma família enorme que transborda de carinho por eles, do que eles precisariam mais?
Casar não muda nada a não ser a nomenclatura da união.
Beijos!


04/05/2011

Nasce um pai!


São 23h06min da noite, enquanto eu navego por cá, Marcelo cozinha "inhame" , com a intenção de me deixar “forte” e bem alimentada, afinal de contas, sou a casinha da nossa filha.
Fui mais uma vez consultar minha agenda e descobri que, se não fosse Marcelo tudo estaria bem difícil. Na verdade, a presença do pai, em minha opinião, é fundamental. Por exemplo, meu pai (Rui) sempre foi um paizão, fazia obras de artes nas comidas para nos incentivar a comer melhor, nunca perdeu a hora do nosso remédio e elaborava questionários para boas notas na época de provas, tomava a lição diariamente, exercia sua função paterna com todo amor do mundo.Busquei no Wikipédia o significado da palavra pai e curtir isso:

"Em uma família típica, o pai torna-se responsável pela educação e criação de seus rebentos e o sustento da família. Esta responsabilidade provém do século XIX, onde assumia inteiramente o poder econômico, à posição pública do homem e à posição de autoridade masculina,[12]sendo visto como o chamado "pai-professor-patrão".

Mas um PAI de verdade não é só isso. É  amor, sabe?

Em todos os momentos sei que posso contar com Marcelo, ele já tem até aquele espírito de pai, tem medo e esconde, tenta passar segurança, confiança, sempre dizendo que tudo vai dá certo.
Hoje, na volta do trabalho ele me disse que tinha tanto medo quanto eu, mas odiava me ver sofrendo, então fingia força.
Tem como não derreter? Não mesmo!

Não me deixa fazer mais quase nada, virei de cristal, rs. Canta pra barriga, conversa, ensina, é lindo! Não sai pra canto nenhum sem beijar a nossa filha, liga a cada meia hora pra saber como tudo anda indo. Vive ansioso pelas ultras - por ele eu fazia uma ultra todo dia, rs -.

A vida ensina muita coisa e Marcelo tá aprendendo direitinho, eu sou só orgulho desse pai que vai nascendo e crescendo junto com a gravidez. Eu só tenho a agradecer o homem, amigo, namorado e pai maravilhoso que eu tenho comigo.
E tenho absoluta certeza que jamais eu poderia ter escolhido um parceiro melhor do que esse.
Beijos!

Abdicando, com sorriso!


Eu escrevo em uma agenda tudo que ocorre comigo na gravidez, até pra escrever aqui eu consulto a agenda antes, fiz tópicos e sub tópicos, partes boas e ruins.
Tenho tudo anotado, para não esquecer nenhum detalhe dessa fase linda.
Consultando a minha agenda percebi que, abdiquei de muitas coisas da minha “antiga” vida.
Carnaval? Fiquei de molho! Por recomendações médica, fiquei de repouso. A vontade de sair e me acabar ao som de Eddie, Nação, Academia, etc. – bandas locais - não foi embora, mas troquei isso tudo por bons papos com a barriga
Com a chegada do segundo mês de gestação, vieram os enjôos, tive que aprender a comer de manhã, a regular o meu horário, a comer de 3h em 3h, e isso tudo sem reclamar, o importante era (e é) a saúde do meu bebê, claro!
Não sei se todas as mães são assim, mas virei amiga fiel do "Google", com perguntas clássicas,
- O que fazer parar diminuir o enjôo? - O que comer quando se está enjoada? - É normal isso e aquilo?
Meu Deus!
O Google virou página principal, e caso alguém digite "gra" aparecer vários tópicos sobre gravidez, deve ser coisas de mãe de primeira viagem, só pode!

Eu abdiquei das minhas besteiras alimentícias e claro, do álcool.
Algumas pessoas chegaram a me dizer que, o médico liberava um copo de cerveja.
Mas pra que?
Passar 1 ou 2 anos sem cerveja não vai me entristecer, mas, se meu filho nasce com qualquer problema de saúde por um ou meio copo de cerveja, isso sim, me arrasaria!
É uma questão de consciência!

O sono? Monstruoso!
Quem me conhece sabe, eu sou metade preguiça, grávida então... durmo o dia todo se deixarem.

Falam que na gravidez o mau humor é forte, comigo foi diferente. Eu sempre fui "enjoadinha" hoje em dia não, to tolerante, animada, rs. 
A rotina já é compreendida e os espaços respeitados, aqui em casa tem cheiro de família, sabe?

Não que eu não sinta saudades de algumas “badalações”, mas o que eu quero dizer com esse post, é que abdiquei de tudo isso feliz. Priorizando a minha nova fase, a vida que renasce graças ao meu bebê.

Fico por aqui, beijos!

03/05/2011

Da nidação ao caos da saúde pública.

Assim que eu soube que estava grávida – quinta-feira 24/02/11 - , adiantei todos os papéis para dar entrada em um plano de saúde.
O que eu descobri me deixou tensa, não existia mais o plano gestante, afinal de contas esse tipo de plano não era tão lucrativo.
Mesmo assim, optei por fazer um plano pra mim, não cobriria o parto, as consultas só poderiam ser feitas 45 dias pós adesão e os exames ditos como complexos(como as ultras) só depois de 160 dias, ou seja... Vou ter que pagar quase tudo por fora.
Ai você pode se questionar, então por que fazer este plano?
Vou contar a minha estória...

No domingo 27/02/11, três dias após descobrir que estava grávida, percebi um corrimento escuro, sabe aquela "borra" do começo da mesntruação? Pronto!
Entrei em pânico! Eu só tinha um pensamento, estava perdendo meu bebê.

Sem plano de saúde na ativa, fui parar na UPA (Unidade de pronto atendimento) de Caruaru, cidade onde morava na época gravidez de Maria.
Gente, o que é aquilo? Um matadouro? Que caos!
Ganhei uma pulseira verde, que indicava preferência no atendimento, que na prática não adiantou muita coisa.
Ai, você espera o bastante pra cair no choro, e só assim é atendida.
Uma mulher de jaleco (nem ouso chamar aquilo de enfermeira) faz umas perguntas em tom grosso sem se importar o mínimo com você, não examina NADA e te manda pra outra sala lotada, em um caos dobrado.
Chegando nessa sala, percebi que as pessoas passavam na minha frente sem que eu ao menos entendesse o porquê.
Marcelo, foi questionar uma mulher da UPA (não sei a função dela, ela só gritava.) sobre a demora no atendimento, e ela quase “engoliu” ele, mandando ter calma e dizendo que meu caso não era urgente. Que eu saiba, sangramento e cólicas numa gravidez não são bons sinais.

Depois da briga toda, eu sou atendida por um ORTOPEDISTA – sim, um ortopedista! - “Ele olhou de longe e disse: - É mãe, acho que você já perdeu o bebê, vá para uma maternidade e ajeite isso ai.”
Eu não tive respostas pra o que ele tinha me dito, cadê o coração doutor? Sai chorando, era a única coisa que eu tinha vontade de fazer.

Na primeira maternidade pública fui barrada no portão, a enfermeira disse que pro meu caso a maternidade estava lotada. Pois é...
Fui pra outra maternidade, outra enfermeira me disse a mesma coisa que a anterior, não tinha vaga pro meu caso.
E o que eu faço? Perguntei...
Ela não se dava nem ao trabalho de responder, então, para proteger o meu filho comecei a berrar que estava perdendo meu bebê e que ninguém fazia nada.
A enfermeira então disse; - Ah! Está perdendo? Vou arrumar alguém pra te atender, isso é, se a médica quiser.

Legal, não?

Fui enfim atendida, a médica – ou anjo – me examinou e fez uma solicitação de uma ultra endovaginal, que eu demoraria mais três semanas para fazer, eu estava grávida de cinco semanas, e uma ultra naquele momento não detectaria o feto, possivelmente só o saco gestacional.

Com sete semanas e quatro dias fiz a endo, foi emocionante!
Escutei os batimentos do meu bebê e descobri que estava tudo bem, o sangramento tinha sido a nidação!

Nidação - ”É muito comum as mulheres, depois que descobrem a gravidez, se depararem com o sangramento que os médicos, na maioria das vezes, sabem que é normal: É a nidação! O que ocorre é que 6 a 10 dias depois da fertilização, antes de acontecer o atraso menstrual, o ovo procura o lugar onde vai se implantar, vai nidar (fazer seu ninho). Encontrando um endométrio em boas condições, acima de 7mm de espessura, vai se aprofundando às vezes com sangramento, porque esse tecido é bastante vascularizado."

Enfim, respirei aliviada, meu bebê ainda embrião, estava forte e ainda comigo, cheio de saúde.

Quanto à saúde pública? Eu só tenho a lamentar.
Eu nunca mais deixo meu filho passar por isso, tenho dito.

Agora pra quebrar o climão, uma foto da primeira ultra com sete semanas e quatro dias.




Começando do começo




Bom, já era pra eu ter criado esse blog antes, desde que eu me descobri MÃE.
Antes tarde que nunca, não é?
Confesso que to nervosa com isso aqui, espero não assassinar o Portuga e tentar contar, tin por tin tin dessa odisséia que venho vivendo.
Muitas meninas já tiveram o alarme falso de acharem que estavam grávidas, às vezes até antes da menstruação chegar à dúvida maltrata.
Eu já tive alarmes falsos, me desesperava toda santa vez, só que no dia 23 de fevereiro de 2011 eu percebi que daquela vez seria diferente, e eu não estava nervosa.
Cheguei a comentar com Amanda (uma das minhas melhores amigas) que dividia apartamento comigo que eu me sentia diferente.
O coração aceleradinho, eu sabia sim, eu não estava só.

Dia 24/02/11 eu acordei decidida, me arrumei caladinha, deixei Marcelo (meu namorado e pai do bebê) tomando banho e sai. Tomei a decisão de ir só, nem me pergunte pra que... Chegando lá eu estava anestesiada, não tinha noção do peso e conseqüências de estar grávida.
Optei por um exame que saia com uma hora, paguei algo em torno de R$28,00 (um beta Hcg qualitativo) e esperei o resultado.
Enquanto folheava as revistas e escutava a voz de Ana Maria Braga na TV, eu me perguntava o que eu estava fazendo ali. Que era loucura, eu não devia estar grávida. Tinha gastado meus últimos trocados em vão, rs.

Uma hora depois a enfermeira volta com meu resultado nas mãos, me chama com uma voz leve que me fez estranhar. Ali eu senti que o resultado seria positivo, respirei e peguei o exame, enfiei na bolsa, não abri, não olhei, nem meu nome conferi, eu só queria chegar em cas. A enfermeira ainda me perguntou se eu não achava melhor ler o resultado por lá, para cessar qualquer dúvida. Mas eu sai batida, atônita.
Não sou de fazer preces, só pedi que acontecesse o melhor pra mim, e que se o melhor fosse um filho, tudo bem, eu estava pronta e disposta pra abraçar a nova vida.
Lembro de ter descido a ladeira de coração apertado, ainda parei em uma banquinha de revistas, comprei uma coca-cola gelada e fui pra casa. Chegando lá, tomei um banho, me penteei com calma, como quem quisesse atrasar o veredito final. Depois de muita enrolação eu abri o exame.

Gente, eu estava grávida!

Eu chorei e gargalhei ao mesmo tempo, e hora nenhuma eu me senti triste, talvez com medo, mas não triste.
E sabe o melhor? A família recebeu a notícia cheia de amor, Marcelo recebeu a notícia de coração e sorriso aberto. Passamos o dia planejando, sonhando...
Foi sem sombras de dúvida, o dia mais feliz da minha vida!




 
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