13/07/2014

O desfralde de Maria.


Tá ai uma etapa e tanto da vida de uma criança, o desfralde. 
Fui muito insegura com essa fase de Maria, achava que tirar as fraldas dela seria uma batalha imensa. E com a descoberta da chegada de José, eu comecei a ver essa meta cada vez mais longe.
Como já contei aqui, devo reconhecer que o sucesso de Maria não usar mais fraldas descartáveis, é todo de Ivete, sua professora e Tânia, a auxiliar de sala.
Se dependesse de mim...

Bom, vamos contar a peleja do começo.
Mainha sempre incentivou que eu desfraldasse Maria, começamos as tentativas quando ela ainda tinha 1 ano e meio (hoje vejo que era muito cedo).
Ganhamos um penico, depois outro... parecia que tudo incentivava essa mudança.
Mas a principal envolvida nisso, Maria, não se sentiu muito feliz com os novos amigos. O penico virou um fiasco. Ela até topava sentar, mas só fazia o barulho do xixi, como quem quisesse me convencer que tinha feito.
Logo o penico virou a piscina das barbies, rs. (Obviamente ela nunca tinha usado ele para os devidos fins)
Foi ai que eu notei que eu deveria respeitar o tempo dela. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, e com a chegada das primeiras aulas, ela iria acabar descobrindo só, que tinha chegado a hora de começar a usar o banheiro. E foi dito e feito!


No segundo dia de aula, ao retornar pra casa, Mariazinha já veio me contando que agora usava calcinhas, igual a mim. Fiquei impressionada como essa novidade chegou rápido, as professoras conseguiram começar o incentivo ao desfralde e M. Cecília adorava a nova ideia. Eu respirei aliviada, confesso. 
Mas, essa novidade não durou muito. Comecei a perceber que na escola, ela frequentava o banheiro sem maiores problemas, assim como todos os outro coleguinhas.
Mas em casa já chegava choramingando pelas fraldas. E como muitos já haviam me avisado, ela usava José como exemplo. Na cabeça dela não era compreensível ele poder usar fraldas e ela não. 
Mesmo assim, ela abraçou a ideia de usar as calcinhas de dia, ou melhor, as "calçolas", como ela apelidou, rs.

Essa fase foi marcada por muitos acidentes molhados, aprender a segurar o xixi não foi fácil, mas a nossa mocinha conseguiu. Largou as fraldas diurnas.
Vencemos uma fase do desfralde, mas ainda restavam duas problemáticas, o coco e as fraldas noturnas...



Minha irmã deu a ela um assento redutor, rosa chok, para que ela pudesse usar banheiro com mais tranquilidade.
Super funcionou!
Notei que com o redutor, ela se sentia menos envergonhada do que usando o penico. Sempre me falava que fazia xixi como eu e o papai, no banheiro, no lugar certinho. Era perceptível que ela mesmo estava orgulhosa dessa nova conquista. 

Chegamos a etapa dois, o coco. E esse deu mais trabalho, rs.
Com o xixi já sobre controle,  começamos a tentar mostrar a ela que lugar de coco era na privada.
Foi um duelo!
Sempre pedia as fraldas para fazer o número 2, se sentávamos ela no rosa (apelido que ela atribuiu ao banheiro, por conta da cor do seu assento redutor), ela perdia a paciência e acabava desistindo de fazer o bendito coco.
Com medo de uma possível prisão de ventre, eu sempre cedia e colocava as fraldas.
O pior de tudo, é que até pra achar fraldas que coubessem nela e segurassem legal, era difícil! 

Tudo começou a mudar de figura, quando ela teve diarreia. Sabe aquele ditado "há males que vem para o bem", pronto. Foi isso que aconteceu, com o cheiro insuportável e a melequeira total, Maria começou a sentir nojo de fazer coco na fralda. Toda vez que iamos limpar, ela reclamava muito, ficava brava.
Marcelo então, foi induzindo ela a usar o vaso sanitária, salientando que lá seria muito mais prático, tranquilo e menos melado, rs.
Depois de algumas tentativas, que eram verdadeiros testes de paciências pra Maria Cecília, enfim, ela conseguiu habituar-se, coco no banheiro. Vencíamos então mais uma parada, uhul! 


A etapa 3 dependia muito mais de mim e de Marcelo. Teríamos que enfrentar colchões molhados, e confessamos que nos acovardamos diante disso. Mesmo usando como desculpa o cansaço, já que vivíamos uma fase insones, graças as noites mal dormidas com José, nós sabemos que retardamos isso.
Toda vez que eu encontrava as tias do colégio em que Maria estuda, era questionada sobre as noites sem fraldas. Ficava sempre sem graça.
E me perguntando se Maria estava prepara pra isso. Claro que estava, quem não estava na verdade era eu.

Depois de conversar com Marcelo, decidimos encarar o desfralde, no seu "gran finale", era chegada a hora de dizer adeus, definitivamente, as fraldas.

Sim, tivemos colchões molhados, roupas, brinquedos e tudo mais.
Mas, também tínhamos ciência de que tudo isso, fazia parte do processo. Não desistimos!

Ela começou a acordar de noite e pedir para ir ao banheiro, e antes de deitar sempre levamos ela para fazer xixi, como prevenção mesmo.
Claro que vez ou outra ainda escapole um xixizinho, como ela diz. Ainda mais se a noite for mais fria, ou se ela dormir muito. Mas, ainda estamos caminhando, afinal de contas não fazem nem dois meses desse grande passo.

O legal disso, é que hoje em dia se colocamos para a ela, a proposta de dormir de fraldas, ou usa-las em emergência,  Maria trata logo de renegar e fazer bico.
Reafirma sua condição de moça. De mocinha que usa calçola, ué!

Podemos considerar o desfralde um sucesso. Fraldas? Nossa menina agora é do mundo das calcinhas, isso sim.

Temos uma batalha medonha pela frente, a retirada da querida chupeta.
Que também findou sendo adiada quando José chegou. 
Além de que, achei bem cruel retirar fraldas e chupetas numa tacada só. 
Mas, estamos planejando e argumentando a saída de cena da "pepê", sem maiores problemas ou chororô.
Vez ou outra ela me entrega, dona da situação, dizendo que não vai mais querer e pronto. Essa decisão tão acertada, só dura até o primeiro bocejo, rs.

Bem, uma coisa de cada vez. Assim que conseguimos ganhar mais essa guerra, corro pra cá e conto.

E pra vocês, foi mais complicado tirar a chupeta ou desfraldar os babys? Conta pra gente sua experiência e métodos. Quem sabe não ajude outras mamães nessa empreitada, não é mesmo?

Fico por aqui, um grande beijo!




  



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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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