14/08/2014

Relato de parto, duplo! {Por: Amanda Guterres}

Acordei de manhã com uma mensagem especial, era a Amanda, mãe do Brunno e do Raul e minha amiga. Tive o imenso prazer de participar de um momento muito especial da vida dela, o nascimento do seu primeiro filho, Brunno.
Na mensagem que ela havia me enviado, estavam os relatos de seus partos, comecei a ler sem pretensões, no trânsito, e findei com os olhos cheios de água. Não sei se por ter vivido com ela muitas coisas, ou por enxergar tanto amor em tudo.
Ela teve o primeiro filho ainda na adolescência, e mesmo com toda a inexperiência da idade, sempre foi uma grande mãe. Raul veio para selar o amor dessa família, que eu amo e aprendi a admirar.
Vamos conhecer a historia dela.

Relato do parto de Brunno:
Bom, primeiro é um prazer enorme poder publicar o relato dos meus dois partos num blog tão especial e feito por uma pessoa tão querida. Acompanho tudo, as vezes n comento mas leio tudo, cada texto escrito aqui, e de fato me derreto (a expressão mais correta a ser usada, no sentido literal da palavra) me derreto em lágrimas, em sorrisos, em amor.
Bom, Brunno veio sem pedir licença. Fruto de muito amor e muita inexperiência. Tínhamos 17 anos, eu na escola e o pai estudava e trabalhava. Tomava anticoncepcional mas no meio da cartela minha menstruação veio e interrompi o uso sem ir ao médico (inexperiência 1). Logo que ela se foi fizemos sem proteção (inexperiência 2), então tomei a pílula do dia seguinte (jurando estar super segura) passou o tempo e a menstruação atrasou, fiz o exame de sangue porem deu negativo, comemoramos, sendo que se passou mais uma semana e nada. Decidi repetir o exame e lá estava, o quantitativo dando positivo, mas com a taxa ainda muito baixa. Decidi contar a todos, mas dentro de mim só caiu a ficha quando fui ao GO e ele me deu total certeza que o bebê estava lá. A família ficou em festa, mesmo sendo fruto de um relacionamento de curto tempo entre duas crianças e sem nenhum planejamento. A gravidez foi linda e tranquila, exceto pela infecção urinaria que me acompanhou os 9 meses. Fizemos tudo com muita calma, parcelamos o parto, escolhi uma Dra. em que confiava e até aprendi ponto de cruz. Rss

Nunca quis um parto normal, sei que é o melhor pro bebê e pra mamãe, mas nunca senti que tinha tal coragem, então tudo foi bem programado. Meu parto foi marcado para o dia 04/08/2006 e no dia primeiro, coloquei na cabeça que mesmo com tudo pronto eu ainda não estava satisfeita com a roupa que ele usaria para sair da maternidade. Recrutei o marido e a sogra para esta missão e fomos ao shopping, andei praticamente a tarde toda e no fim do dia depois de um macacão e duas barras de chocolate, decidi voltar pra casa. Ao chegar, morta e com as pernas doendo horrores tomei um banho e deitei com o marido e as duas barras ao abrir a primeira senti uma dor tão forte que ali eu sabia que estava na hora. Ligamos pra médica e ela me disse que estava de plantão no hospital que eu teria Brunno, relaxei e esperei as contrações chegarem ao intervalo de 5 minutos para então ir ao hospital, a madrugada passou mas as contrações continuavam fortes e com o intervalo de 15 minutos. As 7h da manhã, esgotada liguei pra médica e expliquei a situação, ela me mandou ir pro hospital e la me internaria. Não sabia que n podia comer nem beber água, tomei um belo de um café da manhã. Rss Chegando lá, fui internada e medicada já que o meu parto seria uma cesárea, de qualquer forma eu n estava tendo dilatação. Parto marcado para as 13h, levei uma comitiva junto comigo e esperamos todos com muita alegria a hora que Brunninho nasceria. As 15:30h veio ao mundo um gordinho lindo e saudável. Foi lindo ver no rosto de todos que lá estavam a felicidade e o amor por um pitoquinho frágil e comilão. Agradeço imensamente a todos os amigos e familiares que lá estavam para um dos momentos mais felizes da minha vida.

Parto de Raul: Preparem-se para o DRAMA!
Raul foi um bebê planejado, com 6 anos de intervalo de uma gravidez pra outra, achamos que estava na hora, e estava mesmo. Tentamos por 3 meses e nada, até que ele chegou. Um exame de farmácia positivo e muito amor no coração. Um filho desejado e uma gravidez complicadíssima. Ao saber que estava grávida, decidimos nos mudar. Chegava a hora de sair da casa da mamãe e ter minha própria casa, mas eu não sabia o que me esperava. Me mudei pra casa da sogra para ficar no bairro que escolhemos viver, e ajustar tudo até nos mudar-mos para nossa casa. Com 6 semanas descobri na primeira ultra que estava com descolamento de placenta e que começaria a minha saga. Tomei remédios para ajudar a segurar Raul deste dia até quase o fim da gravidez, achamos um médico legal e começamos os preparativos, até o fato de Raul ser apressado se aliar com meu velho problema de infecção urinária. Passei 7 meses fazendo o mínimo de esforço possível e sentindo muitas dores. Todos os dias eu rezava e pedia calma pra ele. Fazia ultra-sonografias a cada 10 ou 15 dias, e muitas idas ao médico. Já com 6 meses tive um pequeno sangramento devido a um fungo, e lá vai mais e mais remédios e muito repouso. O médico sempre deixando bem claro que possivelmente ele n nasceria de 9 meses. Com 7 meses e muito cansaço fui a uma consulta de rotina e uma médica me examinou, doeu muito quando ela fez movimentos na minha barriga e alegou ser um bebê de gestação "pig", nunca procurei saber o que isso significava. Minha barriga ao contrário da de Brunno era notavelmente pequena. Ele me passou injeções de corticoide e me alertou que não demoraria muito pra Raul vir ao mundo. Tomei uma injeção por 3 dias seguidos e logo ele marcou o parto. Meu parto foi no dia 11/06/2012 uma segunda-feira marcada por muita tensão e 36 semanas de gestação, eu queria ver o meu bebê e estava muito preocupada com ele e como ele ficaria chegando ao mundo tão antes do tempo. Raul nasceu as 15:40h com 1,276 kg e não chorou. Todos diziam que ele estava bem e eu não acreditava. Foi para o quarto logo depois que saímos da sala de parto mas não acordava, não se mexia. Era tão magrinho, tão frágil. Passamos o fim do dia e a madrugada tentando fazer com que ele acordasse e mamasse. Tiramos a roupinha dele, fizemos de tudo e nada dele acordar. No outro dia, um anjo de enfermeira entrou no quarto, estávamos eu e o pai loucos, desesperados porque ele não comeu em momento algum desde o nascimento. Aquela mulher que me deu medo quando disse "isso não é nada, vou acorda-lo agora, você vai ver". Pegou no meu bebê com aquela habilidade que a gente até acha que é "de qualquer jeito" e chamou o pai. Eu fiquei louca, só fazia chorar. Ela nos explicou que ele estava com a taxa de açúcar alta e por isso faria uma lavagem para ver se ele reagiria. Eu só chorava, só tinha forças pra isso. Demorou uns 5 minutos que pra mim foram uma eternidade e ela voltou com o meu bebê berrando em seus braços, minha vida ganhou uma luz que jamais pensei que pudesse existir. Naquele mesmo dia tivemos alta, mas eu não estava satisfeita pois ainda não estava obtendo sucesso na mamada. Ao chegar em casa, tudo mudou lindamente, parece até que ele só estava querendo chegar em casa e sentir o aconchego do nosso quarto. Após um banho dado pela vovó ele mamou com força e mamou por 1 ano e 6 meses, me mostrando a cada dia que eu era capaz disso. Capaz de criar outro filho lindo, e o melhor, sem chupetas e mamadeiras. Raul é um menino saudável e cheio de vida, ativo e gaiato. Lembro-me das noites vigiando o seu sono, revezava-mos para o ver dormindo, chorávamos de insegurança, e tememos por sua vida nas primeiras semanas. Ele nos mostrou a cada dia, a cada kg que ganhava o quanto ele era forte e queria viver. Meu amor por ele cresce a cada dia, o nosso amor. Brunno nos mostrou o irmão mais velho que só ele sabe ser, o irmão que cuida e divide. Que ama acima de tudo. Sou grata, muito grata a Deus por esses dois filhos maravilhosos e a família linda que construímos. Encerro assim meus relatos e espero que vocês tenham gostado. Lari, continua isso aqui porque é lindo demais!

A maternidade e a sua magia, sua atmosfera de amor e essa mania de emocionar a gente, não é?
Obrigada Amanda, muito obrigada!

E você, quer mandar seu relato de parto pra gente contar por aqui?
É só nos mandar um e-mail, combinado?

Um beijo em vocês!


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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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