30/08/2014

S E X O {depois dos filhos}

Vamos falar de sexo?
Sei que pra muita gente, esse assunto ainda é tabu, o que rola entre quatro paredes, fica lá.
Mas o objetivo desse post, não é dar aulas de kamasutra e nem nada do tipo, rs. Estamos aqui pra falar sobre a vida sexual pós chegada dos filhos. E ai? Por ai ela ainda existe?

Recebi dia desses um e-mail, nele uma leitora me questionava se era normal a ausência do apetite sexual depois de parir. Na hora que eu li, ri. Não por deboche, mais por ter me encontrado naquela pergunta.

Quando Maria nasceu, superamos a quarentena sem nenhum contato sexual. Eu respirei 40 dias de Maria e fui respeitada. Na verdade, sexo era algo pra um terceiro ou quatro plano, não aguardei ansiosa pelo fim do resguardo. E isso não implica dizer que eu eu não desejava/amava Marcelo. Mas, naquele momento tudo era muito novo, meu corpo, meus hormônios, minha rotina. Sobrou pouca da Larissa de antes, pós a chegada de Cecília. Meu lado mãe, que cheirava a leite e Johnson´s baby, não deixava a mulher que sentia falta de sexo se manifestar. 
Passado o resguardo, comecei a me cobrar, a buscar resposta, a ressuscitar a vida sexual de antes. Tive que passar por um momento de aceitação e o marido, por um período de abstinência, devo admitir.
O sexo era interrompido por uma troca de fralda, um chorinho desenfreado de fome ou mesmo pelo meu sono, cansaço incontrolável. A posição, sempre a mesma. E tudo muito rápido, express! 
Ainda tivemos um problema chamado "cama compartilhada". Privacidade pra quem?

Quando começamos a encaixar - literalmente - engravidei de José.
A demanda de necessidades com dois filhos dobrou, claro. O cansaço então... nem se fala. 

Os filhos dormem, o silêncio paira, você tomou aquele banho e vestiu a calcinha, aquelas tipo da "vovó", em busca de um cantinho na sua cama, um aconchego das cobertas e nada mais. Ao abrir a porta do banheiro, uma voz maliciosa te avisa do perigo "humm... as crianças dormiram, ein? Hoje tem!"
E você responde em pensamento: "HOJE TEM?!?!?!?!"

Comecei ame culpar, a prever o fracasso do meu casamento e tantas outras ideias erradas. Não falta gente "experiente" - pra não dizer traída - pra te alertar sobre o perigo de não transar, sempre, com o seu marido. 
Quem nunca escutou: "Quem não tem em casa, procura na rua!".
É o decreto da ruína, sem sexo, sem casamento, sem lealdade e amor. Simples assim.
Mas, pra chocar essa sociedade feia e apática, venho lhes comunicar que, ainda existem homens de verdade, casamentos sólidos, que sobrevivem a calcinha bege e ao sutiã de amamentação. Pasmem!
Antes de voltarmos as boas - sexualmente falando - exercitamos o amor, o carinho e a parceria. Se não fosse confortável pra mim, não seria pra ele.
Sexo não é caridade. A base do sexo é a vontade. E que me desculpem as engajadas em encenação na hora do "orgasmo", mas eu não conseguiria fingir gostar de algo, quando preferia mil vezes estar babando no meu travesseiro.

Ai, essa semana postei no meu facebook uma foto em que uma mulher, com a cara entediada, recebia a  proposta do marido, fazer sexo depois de um dia daqueles, mega cansativo, sabe?
A reação da mulherada- a maioria colocou risadas longas, como se tivessem se identificado naquilo tudo - me fez ver que eu não estava só, não era só eu que tinha passado por todo esse perrengue, rs.
Pensando nisso tudo, resolvi fazer uma enquete aqui no blog - localizada ao lado direito da página - onde 11 pessoas votaram. 
A pergunta era simples: "Como anda a vida sexual do casal pós os filhos?"
A resposta mais clicada destacava "de 15 em 15 dias, rola!". A opção "Nada mudou", garantiu apenas dois votos de todos os outros. 

Não quero amedrontar os aspirantes a papais e mamães, longe disso.
Os filhos não destroem a vida sexual do casal, não é bem assim que funciona.
Mas verdade seja dita, você não terá mais todo tempo hábil, ou tanta disposição pra fazer aquelas posições de ponta a cabeça.

Minha visão sobre Marcelo, depois que os nossos filhos chegaram ao mundo, é outra! É como eu tivesse me reapaixonado novamente, e dessa vez amando desde o primeiro dia.
O que implica dizer que, com esse amor mais maduro, mais sensível, a qualidade do sexo em si, melhorou muito! Rola uma empatia, sabemos onde ir e por que devemos ir. É como se valorizássemos o tempo, é não fazer sexo simplesmente por fazer.

Pra todo esse "fogo" de antes voltar, o homem tem um papel fundamental, é necessário beber da paternidade. Ou seja, apoiar totalmente a sua mulher, compreender o seu mundo materno e suas novas necessidades.  
Se você, meu amigo, dê todo o suporte para a criação do fruto do seu casamento, para a sua relação e esposa, te garanto noites quentes de sexo, rs.

É preciso viver na mesma conexão, abraçando a necessidade do outro. Tá ali na mesma frequência de tempo. Com toda essa cumplicidade, será possível reviver todo aquele desejo de antes, dessa vez com um diferencial picante, a maturidade. 

Beleza? Fico por aqui, uma beijoca em vocês!






1 comentários:

  1. Vim aqui apenas para parabenizar o Marcelo por conseguir se adaptar a tantas mudanças com maturidade.
    Vcs formam um casal lindo!
    E Lari, as pessoas não estão tão erradas como vc pensa. Fui traída por me dedicar a maternidade, infelizmente meu marido não soube ser pai, ser homem suficiente para encarar as dificuldades que um bebê traz.
    Que Deus continue abençoando esse casamento, vcs tão dando um belo exemplo aos seus filhos.
    Um grande abraço, estou muito feliz por vcs!

    ResponderExcluir

Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
Uma mãe conta. ©Template por 187 tons de frio. Resources: Deeply // Ava7