02/08/2014

#Especialdiadospais {ausência paterna}


Dei uma passeada pelo facebook e me deparei com um desabafo, uma mãe em seu grito virtual, tentava entender o motivo da ausência do "pai" de seu filho.
No texto ela refletia sobre o impacto que a falta dessa figura paterna, faria na vida daquela criança. Citava ainda, sua sensação de impotência por ver seu filho tão ingênuo, ser a maior vítima da omissão paterna. Ela finalizou o texto (lindo texto, por sinal), se intitulando "Pãe", afinal de contas, ela exerce a função dupla, ela sustenta, educa e ama o filho por dois, como pai e mãe que ela é.

Obviamente, vou preservar a identidade da pessoa, mas seu post em tom de desabafo, me fez gastar boas horas refletindo sobre os danos que o descaso de um pai , pode causar  na vida de uma criança. Terminei meu "tour" pelos meus pensamentos, carregada de tristeza.

Eu convivi com pessoas que não carregavam o sobrenome do pai, não tinham sido registradas, na carteira de identidade só nome da mãe preenchia a filiação. 
Já conheci gente que escondia o fato de ter sido "deixado para lá" pelo pai biológico.
E até cometi o erro de julgar essa vergonha de "não ter pai". 
Eu dizia: "mas poxa, e a tua mãe, cara? Que te registrou, te deu um nome, amou e criou? Como você sente falta de alguém que te virou as costas, tendo alguém que fez tanto por você?"

Só hoje consigo ver o quanto fui cruel...
Como deve ser complicado viver com a ausência, pensar que alguém virou as costas para um bebê, para uma criança, para uma vida. Como alguém foi capaz de negar a existência de um filho. De negar a assistência básica, que é amar e educar um ser.
Como deve ser conflitante conviver com esse sentimento de "rejeição".

Conheço adultos que até hoje não compreenderam, não assimilaram, os motivos do próprio pai ter rejeitado essa condição de... ser pai.

Imagino o quanto deve ser difícil escutar aquela pergunta desorientada: "e o papai, mamãe?"

E ai eu parti pra tentar entender o outro lado. E dá pra entender? Não!
Por medo do novo? Da responsabilidade? Ou por falta de sensibilidade? Que seja!
Nada! Nada justifica a recusa de um filho. 

Ou pior, magoar um filho. Digo isso, por conhecer vários que deram nome, sobrenome e tudo mais, como manda o figurino,  mas são ausentes, omissos e sem amor/sintonia.
E sequer, ajudam no sustento - Não falo dos luxos, falo do básico.
Mas nas maquiadas "redes sociais", esbanjam fotos de sorrisos, carinhos de momentos, vestindo a capa de super pai, que só cabe mesmo no instagram e olhe lá.

Por outro lado, entram em cena as Pães - amo esse termo, além de admirar quem carrega esse título - Sim, elas são demais!
Para mim, muitas vezes é impossível dar conta dos meus dois pequenos, e como elas conseguem? Conseguindo! Mães sempre conseguem, imaginem as pães!
Dão conta do recado mesmo, jogam bola, viram astronautas, constroem castelos e ainda pagam as contas. 

Dia 10 é tão delas, quanto de todos os outros pais, não falo dos biológicos, falo dos que criam, dos que sabem a cor predileta, o brinquedo querido, a história que faz dormir, a música que embala e da comida que nos carrega pelo cheirinho até a cozinha, sabe?
Falo dos que exercem a paternidade com toda a responsabilidade que ela traz, assumindo o novo, topando errar e acertar, combatendo o monstro do armário e dando colo na primeira decepção amorosa.
Falo dos que são pai de verdade!

Que o domingo dos pais, seja doce para todos aqueles que disseram sim para o amor de um filho.

Um beijo!





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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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