06/08/2014

Sobre os sentimentos da semana.



Minha cabeça vem trabalhando a mil durante essa semana, embora José esteja dormindo bem, uma noite toda, eu ando insone. Mesmo tentando "fazer de conta" que não, eu ando preocupada. O motivo? Dia 11, próxima segunda, volto a ter hora pra tudo, chegou a hora de voltar para o trabalho. (ai meu coração!)

Já ouvi diversos discursos, uns que me acolhem, outros não. Tem quem esbraveje que as mães de hoje em dia trabalham mesmo, e que fazer disso um drama Mexicano é demais.
Mania tamanha de querer universalizar sentimentos.
Tem quem me condene por ter "me dedicado mais a Maria", quem ache ele pequeno demais "para viver sem a mãe"... 

Sou dessas mães que costuma valorizar cada coisinha nova, um gritinho diferente, uma expressão engraçada, evolução motora... cada aprendizado dos meus pequenos para mim, é como ganhar um Nobel, é motivo de orgulho e felicidade.
Vou sentir muito, todos os dias, por não respirar eles 24h, por ter que sair de casa às 6:00h e só voltar quase pelas 19h, mas é preciso, fazer o que?

E nesse turbilhão de sentimentos, chegam os conselhos das mães do novo milênio, que me questionam, ou melhor, falam por mim, os textos englobam frases que dizer que eu vou recuperar "a minha vida", voltar para casa com uma saudade boa, que o trabalho vai ser minha válvula de escape.

Sinto muito decepcioná-las, mas eu não perdi a minha vida para ter que recupera-la, saudade para mim nunca foi um sentimento bom, nunca soube lidar com a ausência, muito menos quando trata-se dos meus miudinhos. E a melhor válvula de escape do mundo, é estar deitada na minha cama (na pontinha, quase caindo) com Maria, José e Marcelo.

Carrego dentro de mim agora, a maior sensação de insegurança que já tive, uns tantos medos, uma saudade já grande e uma ansiedade de êxito, de querer saber se vamos ficar bem.
São tentas perguntas que me faço, cobranças incessantes, ecoa nos meus pensamentos a pior das questões: "Vou dar conta de tudo? 

Essa coisa de sofrer de véspera é cruel, não sei se é característica do meu signo, se é invenção do meu eu, só sei que maltrata, rs.

Fico olhando para José (que está devorando um de seus mordedores no momento) e pensando, vamos conseguir, filho?
Olho para Maria (que ainda dorme) e a pergunta se repete...
Lidar com o cansaço, com as necessidades deles, a falta de mim e tudo mais que uma família demanda, é uma missão imensa, que eu realmente não sei como vou abraçar.
Mas eu vou, eu devo ir. E eu tenho uma convicção em mim, funciona como uma filosofia de vida, rs. "Mães sempre conseguem!"
Não acho que vai ser fácil, talvez eu nunca tenha tido um peso tão grande sobre mim, afinal de contas, "sou gestora" de duas vidas, e esse é o maior e mais difícil emprego do mundo, tenho certeza.

Enquanto esses últimos 5 dias passam (arrastados, por favor!), eu tento fungar o cangote deles, curtir cada minutinho de afago e carinho, na certeza que eles vão entender que a mamãe sai, demora, mas que essa labuta e ausência toda, é só e somente por eles.
Cabe a mim, buscar equilíbrio, energias e focar no amor - amor esse que mais na frente, vai chegar camuflado no reconhecimento de Maria e José - E eu sei que vai vale a pena!

Bom, tenho outros posts "quase no ponto", sobre a rotina de adaptação de José, o especial de dia dos pais que como eu contei na página, foi escrito por Marcelo, entre tantos outros rascunhos. Obviamente que meu tempo agora vai ser reduzido, as postagens podem demorar mais a chegar. Vou contar com o carinho e a paciência de vocês.

Devo adiantar que, uma das postagens semi-pronta, vou finalizar na segunda, onde vou contar como sobrevivi ao meu primeiro dia na volta ao trabalho.

Continuem acompanhando a nossa fan page do Facebook, que por lá tá rolando um especial de Dia dos pais, carregado de amor. Beleza?

Um beijo em vocês!








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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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