28/08/2014

Relato de Parto {Por: Andreia Menezes}

Hoje é quinta-feira, dia de conhecer mais uma historia, dia de relato de parto!
A Andréia é mãe do Lucas e do Júnior, e veio nos contar como os seus dois filhos chegaram ao mundo, mesmo depois de tantos problemas durante as duas gravidez.
Sim, é relato de parto duplo, é amor em dobro. Vamos ler!

"Demorou mais de um ano e meio para que eu engravidasse do Lucas, devido a cistos no ovário e trompas entupidas. Um mês depois desses diagnósticos, engravidei. No dia da ovulação avisei ao marido, fizemos amor e fiquei meia hora de pernas para cima, rs!
E logo depois veio o tão sonhado positivo!
Com seis semanas de gestação comecei a ter sangramentos, parei de trabalhar e fiquei de repouso absoluto, só podia levantar para ir ao banheiro. Usava hormônios, inibidores de contração e outras medicações constantes para segurar o bebê. Com treze semanas, levantei para ir ao banheiro e sangrei muito, cheguei a pensar que estava perdendo o meu filho. Era manhã de natal, corri para o hospital e a médica me examinou, pediu um USG de emergência e graças a Deus o meu menino estava lá, de pernas abertas brincando. Só que, o descolamento tinha aumentado e útero estava baixo demais.
Continue de repouso durante toda a gestação, tendo vários sangramentos e sustos pelo meio do caminho. O maior deles foi quando eu estava grávida de 31 semanas, onde precisei ficar internada pois já estava com dilatação e contrações fortes, e o bebê ainda não estava pronto para nascer.


Com 38 semanas passei muito mal, vomitei durante o dia todo, o médico me mandou ir para o hospital, chegando lá estava com pressão alta, inchada e os vômitos não cessavam. Encaminharam-me para sala de pré-parto para ser examinada, quando meu médico chegou, conversamos e ele pediu espéculos e outro aparelho para a enfermeira, para medir o liquido amniótico. Eu já estava com 6 cm de dilatação, a bolsa rompeu nesse momento e ele nem chegou a colocar o aparelho para ver o líquido. Então, começou as manobras para tentar fazer o Lucas a descer, pois ele estava muito alto. 
Chegamos a conclusão que o risco de uma eclampsia era muito grande, então optamos por uma cesárea.
Ocorreu tudo tranquilo, meu marido me acompanhou todo momento, o médico deixou que o marido cortasse o cordão umbilical do Lucas. Minha maior alegria foi ouvir aquele choro depois de tantas angustias. Nasceu nosso primeiro presente de Deus, cheio de saúde para alegria da Mamãe e do papai.


Com quatro anos o Lucas começou a me pedir um irmãozinho, eu ainda achava que não era a hora, apesar de não tomar anticoncepcional - desde o outro parto usávamos só camisinha - Avisei o marido que estava no dia fértil, ele brincou: "então é hoje que vamos fazer um irmão para o Lucas".
Novamente com 6 semanas de gestação tive um sangramento, comecei a fazer repouso e usar todas as medicações, tudo de novo até o final da gravidez. Só que nessa gravidez os sangramentos eram mais leves e não tinham contrações.
Inchei muito e engordei demais, cheguei no final da gestação com 20 quilos a mais.
Com 39 semanas e 4 dias eu estava muito inchada e com o histórico do outro parto - pressão alta - o médico achou melhor uma outra cesárea, dessa vez eu não tinha nem meio dedo de dilatação, então concordei.

Chegamos na hora marcada eu, meu marido e minha mãe. A anestesista fez todos os procedimentos, colocou soro e aplicou anestesia, depois me deitou, colocou todos os aparelhos e nesse momento meu marido já estava lá, sendo orientado e trocando de roupa. Meu médico chegou, conversou um pouco comigo e começou a se preparar, enquanto o segundo médico não chegava. Eu senti ele passando o líquido na minha barriga e falei pra ele que estava vendo estrelinhas e que o meu coração estava acelerado. 
Ai começou um corre corre na sala, aparelhos começaram apitar, a pressão caiu para 4X2, eu só ouvia minhas colegas dizendo "Andréia fica com agente, não vai!"
Só lembro de falar pro meu médico que não queria morrer, queria ver meu filho. 
Meu marido chega na sala de parto com pediatra e se depara com aquela cena, todo mundo em cima de mim para tentar reverter o quadro - o pediatra logo que percebeu toda a situação, retirou meu marido da sala e só retornou com ele depois que melhorei - meu marido fala que demorou cerca de meia hora para voltarem com ele para sala de cirurgia. Quando meu marido retornou, eu estava grogue mas consciente, ele ficou do meu lado o tempo todo, tive enjoo, palpitações e muito mal estar durante o parto. 

Meu filho nasceu grande, com as pernas tortas por está num local apertado com 51cm e chorando muito.
Logo após o parto aquela sensação do inicio voltou e avisei anestesista logo, antes que eu apaga-se de novo, tive muito sangramento no útero e dei trabalho para o médico para fazer as suturas no útero.  Ele teve que recorrer a medicação para diminuir o sangramento. Demorei mais de seis horas para ir para o quarto, para enfim ter um encontro verdadeiro com meu pequeno amor.
Colocaram um lençol no meio das minhas pernas no pós-parto, onde fiquei com ele até levantar para tomar banho. 
E assim nasceu nosso segundo presente Deus!"

Que sufoco, viu? Mesmo sabendo que os meninos estão bem hoje em dia, li o relato da Andreia buscando o final feliz. A consolidação da vida.
E graças a Deus, depois de tantos problemas, a Deia pode ter em seus braços os seus dois frutos, seus queridos meninos.

E você, quer nos mandar o seu relato de parto? Manda um e-mail pra gente (blogumamaeconta@gmail.com) ou entra em contato conosco pela nossa fanpage, beleza?

Fico por aqui, um beijo e até mais!


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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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