11/12/2014

Tão iguais e tão diferentes.


Não vou começar minha ladainha pra justificar a ausência de posts nesse blog, afinal de contas, vocês bem sabem meus motivos - meu duplo motivo, rs - 
Por falar neles - os que me tomam por inteiro, meus filhos -, o post de hoje vai contar um tiquinho sobre o mundo da Maria e do José. 
Na verdade, essa semana pra ser mais precisa, eu tenho observado muitas coisas em relação a minha duplinha.. O crescimentos sem freio de Maria, tanto fisicamente quanto intelectualmente, e as tantas novas conquistas de Zé e a formação de mais uma personalidade na nossa família - oremos! - 

É engraçado como cada um tem um tempo diferente pra cada coisa, e mais engraçado ainda quando eles tem as mesmas vontades e manias. É tudo tão igual e tão diferente, sabe? 
Eu tive que aprender a pular fora da cilada da comparação. Sim, acho até que é normal comparar um irmão ao outro, o que não implica dizer que é sadio. Claro que, tudo isso é o meu ponto de vista, não uma regra. 

Assim que José Luiz veio para os meus braços pela minha primeira vez, notei que seu corpo era magrelo, ele não havia chegado tão gordinho quanto a Maricota e isso me assustou, embora as enfermeiras e médicos repetissem freneticamente que ele estava bem, aqueles três quilos e vinte gramas me pareciam míseros perto dos quase 3 kg e 700g da Maria. Comparei o jeito preguiçoso de mamar dele e quantos hora o cochilo noturno durava, em relação as noites mal dormidas da Cecília. 

Só depois de esperar dele algumas reações iguais as da Maria, foi que eu percebi que nos meus braços havia um outro individuo, e que ter essas expectativas não seria bom nem pra mim e muito menos pra ele. Conforme o tempo foi passando eu percebi que o Zé tinha uma frequência diferente da Maria e que isso era normal, além de ser muito especial. Afinal de contas, eu tinha dois filhos, duas pessoas diferentes, mesmo que feitos pela mesma fábrica - pode me chamar de máquina copiadora também, eu aceito, afinal de contas, são a cara do pai -, eram duas crianças que embora se assemelhassem em algumas atitudes, destoavam em muitas outras, e pra me ajustar no meio desses mundos usei o infalível instinto de mãe, além de utilizar o danado do amor, que tudo compreende, abraça e aceita. 

Fiz uma pequena comparação do bem, que na verdade é pra mostrar a diferença entre meus rebentos e fazendo essa lista de defeitos e virtudes, eu pude perceber o quão delicioso é transitar e presenciar meus filhos crescendo e se tornando quem são.  

O ser Maria. 

Maria Cecília sempre foi uma menina muito inteligente, falou suas primeiras palavras muito cedo, não dormia de noite e sempre foi muito observadora, daquelas que prefere pensar antes de agir. Sempre comeu pouco e foi amante da TV, o que não mudou até hoje. É uma menina carinhosa e esperta o suficiente para usar esse charminho fofo para conseguir as coisas. 



O ser José 

É inquieto, agitado e risonho. Costumo dizer que pro Zé não tem tempo ruim. Dorme cedo e acorda MUITO cedo. Não bate palmas, não fala nada mas já sabe dar tchau. A galinha pintadinha só o convence durante 15 minutos, o que o deixa quieto de fato é um bom prato de feijão. É carinhoso,um carinho de Ogro- meu mini Shreck - mas é carinho. 


As semelhanças  

A boca, o sorriso grande, os olhos apertadinhos. A tosse de mentira. A mania de se jogar pra trás quando fazem birra - na fase bebê -. O apreço por leite. Gostar de dormir em cima da nossa barriga. Mamar em um seio mexendo no outro com o pé. Adorar dançar e gritar. 

Conviver com esses dois serezinhos tem me feito amadurecer muito. Respeitar essas diferenças tem sido uma tarefa incrível, são elas que andam construindo a mãe que eu venho me tornando. Compreender que cada um deles tem o seu tempo, seu jeito, sua voz, é uma delícia, cada um com seus pontos positivos e negativos - ai gente quase nada negativo, quem pode ser negativo quando se é fofo e fofa desse jeito? - . Lapidar esses dois cidadãos com personalidades forte é difícil, mas na minha equipe entra o papai Marcelo que vem sendo um forte aliado nisso tudo, e devo admitir que foi ele quem abriu os meus olhos para a mania de querer que José fosse tal qual Maria e vice-versa.  

Superando essa fase "ela fazia isso e ele fazia isso" eu pude redescobrir meus filhos, e quer saber? Bem melhor assim! Que andem sempre lado a lado, como bons amigos, sendo um o reflexo positivo do outro, e que os defeitos sejam amenizados por conselhos carregados de carinho, conselhos esse que só aquele irmão(a) pode dar, que vem naquele combo do abraço, do afago e do amor. 

Cresçam, mas cresçam respeitando um ao outro e eu serei feliz como mãe e onde quer que eu esteja, estarei orgulhosa de ter gerado e parido "brothers" de verdade (: 

Viva a diferença! 

Em vocês um beijo e até o próximo post. 


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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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