19/01/2015

Relato de Parto {Por: Estephane}

Oi dois mil e quinze!

Primeiro post do ano, ein?
E pra começar com o pé direito, vamo de relato de parto.
E ó, esse relato é todo especial. 
Ele tem cheirinho de vida, e mostra pra todo mundo a capacidade de parir que a mulher tem.

Vamos conhecer a historia da Estephan e do Calvin.

"Olá, sou Estephane, tenho 24 anos, sou casada com Gustavo Rafael e vou falar sobre a chegada do nosso amorzinho, Calvin.

Era madrugada de uma segunda-feira, (10/11/14) 03hrs pra ser exata e não havia conseguido dormir, entre um "xixizinho" e outro a "cólica" fia ficando mais forte, ainda assim achei que não estava pronta, nao queria me animar com a possibilidade de estar entrando em trabalho de parto. Porém, do nada, como quem leva um susto a cólica se tornou uma dor forte.
O dia já estava ficando claro quando acordei Gustavo, como em outra semana eu havia me frustrado e voltado para casa sem o meu filho, avisei logo que achava que era a hora! No tempo em que ele levou pra se trocar, - coisa de 10min - eu mudei o meu discurso para  " VAI NASCER HOJE" 

Entrei no carro do nosso vizinho na dúvida entre ir para um hospital do SUS, onde tinha certeza que teria meu tão sonhado parto normal,  ou ir pra maternidade que atendia ao meu plano, onde os médicos são famosos por cesarianas desnecessárias.



Já passava das 05:30hrs e as dores já estavam fortes ao ponto de me calar, eu que sou muito falante só queria ficar calada e curtir a dor... Optei pelo hospital particular, 5min depois estava eu calada no carro, morrendo de medo de não ter meu bebê como eu havia sonhado a gestação inteira, as histórias que eu ouvia sobre as mil desculpas que os médicos inventam pra nos forçar a uma cirurgia me apavoravam; e o parto normal era mais que um desejo, era uma questão de necessidade pessoal.
Pegamos a uma avenida engarrafada e ali, o momento de amor começou...
Gustavo foi comigo no banco de trás, foi me acalmando/apoiando o caminho todo, não falávamos nada,  eu apenas respirava fundo e me contorcia, ele me acariciava, enxugava o suor, - ele levou vários apertões meus -. O que se ouvia no carro era uma playlist de Reggae que o motorista colocou. Até que... a bolsa estourou, e fui invadida por um mix de sensações, medo, ansiedade, coragem, amor... as  dores depois disso eram cada vez mais fortes e longas, e entre uma contração e outra, eu sentia o meu menino, sentia que havia algo diferente na contração que tinha acabado de acontecer,  resolvi me tocar, e foi ai que me dei conta que  não estava mais tocando em mim e sim nele, eu senti os cabelinhos do meu menino.
Nesse momento eu olhei pra Gustavo e disse "Ele vai nascer no carro"  ele apenas balançou a cabeça confirmando, baixei a calcinha e instintivamente fiquei de 4 no banco, com a bunda virada  pra janela e de frente pra Gustavo.
Comecei a fazer força ao som da musica PRESENTE DE UM BEIJA-FLOR, e foi no refrão " Olha só como é lindo meu amor, estou feliz agora" que olhei para o meu amorzinho.
Ele já estava nas mãos do pai, com o olhar desconfiado, tão pequeno, tão lindo. 
Não chorou, apenas choramingou e fez caretas; Infelizmente o tamanho do cordão que saiu não me permitiu coloc-lo no colo e nem amamenta-lo, ele estava todo embrulhadinho na camisa do pai, que  ficou com ele no colo até chegarmos na maternidade. - Calvin até tentou mamar no pai, mas não obteve sucesso, rs -



Na maternidade  foi aquele alvoroço, todo mundo queria ver o bebê que nasceu no carro, nos separaram, - eu temia muito isso-  depois 10min eu estava desesperada querendo ver meu filho, só reencontrei meu amor com mais de 3horas depois, o pai acompanhou ele o tempo todo, ficou de plantão de berçário, falou que ele ficou quieto, e fazia varias caretas sempre que um bebê chorava.

Demorei muito na sala de parto pra fazer a retirada da placenta, e acreditem, esse processo foi muito mais doloroso pra mim do que o parto em si, e depois que o procedimento foi concluído passei mais de 2 horas aguardando a liberação para ir para o quarto, enquanto aguardava eu ouvia um bebê CHORAR, GRITAR e na minha cabeça era meu Calvin.
Quando finalmente foi autorizada a minha internação um maqueiro me levou ao berçário, lá estava ele sendo arrumadinho para seguimos pro quarto.
Eu sempre sonhei com ele ENORME levando em consideração a altura do pai, mas quando vi ele tão pequeno, frágil tive um medo danado de machucar.

Aquela dia, foi o melhor dia da minha vida, lembro de cada detalhe, de cada olhar, cada gesto dele.

Eu me apaixono todos os dias, sempre que acordo e o vejo lembro do "impacto" que senti quando o vi pela primeira vez, em uma questão de segundos eu me vi na necessidade de ser a melhor pessoa do mundo, de fazer algo bom, pois agora não faço nada apenas por mim, ele depende de mim, é extensão minha."

- Gente, e essa carinha de bravo? awn! -

Adorei contar a historia do Calvin, ainda mais por contrastar com os tantos nãos que a sua mamãe recebeu do plano de saúde em relação ao parto normal.
Esse ser tão pequeno mostrou o poder da natureza e ressaltou a grandiozidade do amor. Calvin foi vida!

E se vocês, assim como a Estephane, querem nos enviar um relato de parto, é fácil viu? Manda pra gente um e-mail através do blogumamaeconta@gmail.com ou manda uma mensagem lá na nossa fanpage. (para acessar a fanpage clica aqui).

Serão bem vindos qualquer relato de amor, sugestões de posts e até as críticas, beleza?

Fico por aqui e deixo um beijo de ano novo para vocês!




1 comentários:

  1. Muito feliz de ter participado dessa estória, pois como vizinha sai ligando pras outras vizinhas que tinham carro pra poder socorrer, pois a Estephane me ligou me acordando pra saber se eu conhecia algum taxista..... Que susto e ao mesmo tempo alegria ao saber que Calvin estava chegando..... Muito feliz!!!

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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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