04/11/2011

Relato de parto {Maria}




Na quarta feira dia 26/10/2011 eu chorei a madrugada toda, não tinha caído à ficha - até então - que o fim da gravidez estava chegando. Com a ideia de ter Cecília nos braços veio o medo do parto, o nervosismo tomou conta de mim. Fiquei inquieta a noite toda, e eu só tinha consulta no outro dia, mas eu não iria aguentar esperar de jeito nenhum.
Acordei Marcelo (pai de Cecília/meu namorado), conversamos e decidimos ir no médico na quarta pela manhã.


Chegando lá recebi, recebi um toque que o dr. Chamou de "toque deslocador de membranas" De acordo com ele, esse procedimento ajudaria na dilatação. Durante o exame, o médico me deu uma boa notícia eu tinha 2cm de dilatação. Cecília podia chegar a qualquer hora e o melhor, de parto normal :)


Na mesma quarta só que pela noite, eu perdi o tampão mucoso, que é um dos sinais que o bebê está pra chegar. Meu Deus! Eu, mainha e Marcelo enlouquecemos, a vontade era de segurar as malas e partir pro hospital. Liguei para o médico e ele me mandou esperar, disse ainda que de sábado não passava, caso eu não entrasse em trabalho de parto até lá, ele faria uma indução. NERVOSO!


Geralmente eu aguardava o dia 29/10 ansiosa, só que por outro motivo... É meu aniversário.
Esse ano foi diferente, eu estava aguardando ANSIOSAMENTE ela, minha filha.
Não preciso dizer que não dormir né?


Ainda no dia 28/10 Marcelo comprou uma torta deliciosa de chocolate pra a gente comemorar...
Fui dormir ás 03h40min da manhã e acordei ás cinco da matina, a internação só aconteceria às 7h.

Chegando lá, levei outro toque, onde foi constatado que os 2cm não tinham progredido, foi a minha primeira frustração.
Ainda fui fazer a última ultra de Cecília, e lá estava ela, calminha, grande e gordinha, foi uma despedida da minha barriga, dos movimentos deliciosos que ela fazia, de uma fase tão linda!


Me preparei a gravidez toda para o parto normal... Mas não consegui. Por muitos motivos, o médico acabou solicitando uma cesárea. E eu nada pude fazer.


Ás 15h30min ficou decidido o parto cesáreo
Já na porta da sala de cirurgia, o hospital vetou a entrada de Marcelo (por lei todo pai tem direito a ver o parto, estando ou não casado com a mãe do bebê). Eles alegavam que era norma do hospital.
Quem iria brigar por aquilo naquela hora? Eu me acabei de chorar, a ideia de estar só naquela hora era aterrorizante.
Marcelo foi comigo até a porta da sala segurando na minha mão, ele não me abandonou hora nenhuma, eu não podia ter escolhido parceria melhor!

Levei a anestesia tão temida, quer saber? Não dói nada! Eu pelo menos não senti dor alguma.
A equipe foi um amor comigo, descobriram que era meu aniversário, cantaram parabéns, pagode, me trataram super bem, e ai o nervosismo foi abrandando.

O parto é indolor e muito rápido ás 14h10min chegou o meu amor, brava e linda! Pesava 3.640kg e media 51 centímetros, um bebezão! A equipe toda dizia, Angelina Jolie chegou, por conta do seu bocão, rs.

Levaram ela para o berçário, eu imaginava a apreensão e o nervosismo de todo mundo para conhecer ela, era uma platéia grande!
Mainha, painho, tia gem, Carol, Amanda, Amanda madrinha, Ivaldo, Eliane... E claro Marcelo.
Todo mundo me contou que não teve cena mais linda do que ele vidrado, olhando pelo vidro a filha. Ele mesmo me disse que não chorou, se concentrou em não falar, não respondia ninguém, os olhos cheio d’água, só saiu da frente do berçário quando fecharam cortina.

Eu ainda aguardei 01h30minh na sala de observação, o efeito da anestesia me fazia tremer toda, era incontrolável.
Me levaram para o quarto, com uns segundos depois chegou ela, chorona e querendo mamar!

Mesmo com uma platéia não me fiz de rogada, eu queria sentir essa sensação que eu li o tempo todo sobre amamentar.

Ela mamou fácil, eu sentia minha energia sendo sugada, eu estava exausta. Mas, vendo ela ali, eu só pensava em como ela era linda.


Era meu aniversário, e o meu presente era ela!
Nem se eu tivesse planejado teria conseguido me dar esse presente.


Ficar no hospital não foi tarefa fácil, o pós operatório era cruel, parecia que minha barriga ia rasgar a qualquer momento, rs. De dia minha mãe e minha sogra ficavam comigo, de noite Marcelo vinha “dormir” com a gente.

Marcelo, não desgrudava. Cecília não podia abrir os olhos que ele já pegava no braço, na primeira noite ela dormiu bastante, a gente não... Ficamos admirando a nossa cria, era impossível despregar os olhos daquela filha linda.

Dois dias depois tivemos alta, estava tudo bem comigo e com Cecília.
Agora era a fase tão esperada, ir pra nossa casa, dividir com ela nosso espaço, mostrar o quartinho feito com tanto amor, mostrar a ela o quanto ela foi esperada, e o quanto ela seria amada a partir de então.


Eu só tenho agradecer, pela família linda que eu tenho, pelo namorado maravilhoso, pelos amigos... Por TUDO!

Obrigada pelas boas energias que nos mandaram, recebemos todas!

A minha frase mais usada é: EU TÔ APAIXONADA!





1 comentários:

  1. ow, meu Deus! Angelina chegou! Haqhahahahaha.
    pô, não adianta planejar. ontem mesmo cheguei {a conclusão que a vida não tem receita. a gente vive, e pronto. cecília, uma espertinha, aproveitou o calorzinho até onde pôde. agora ela vai entender o que o outro, o do amor, o do toque, do carinho.

    eeeita! tô muito feliz, lari. por tu, por marcelo, por todos vocês, por ela e pela chegada de uma luzinha na tua vida. luzona.

    te amo!

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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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