19/03/2014

E veio Zé! {Relato do parto}

Um dia pro meu José chegar, o domingo nunca foi tão domingo. Chato!
nem a feijoada do meu pai ou a faxina de última hora fizeram com que aquele dia passasse rápido.
Que mormaço!

Antes de dormir, tomei um remédio de enjoo, não estava enjoada coisa nenhuma, mas eles me dão um sono medonho e eu sabia que precisava dormir, mesmo que de uma forma forçada.
Mas claro, eu não consegui. Ansiedade virou meu sobrenome, obviamente.
Levantei às seis da manhã, com um calor digno do inferno, me sentei na sala com um copo de sorvete de tapioca, com leite condensado e fiquei tentando não pensar na minha vida, eu só queria voltar a dormir e por isso, despertar a minha mente pra vida futura seria sacolejar os pensamentos. 
Cochilei mais um bocadinho. Como eu só podia comer até às 11h damanhã, pedi que mainha fizesse a carne (a famosa carne, rs!) de panela com batatas. 
Em casa passei pela missão impossível (concluída com êxito, rs!) de me depilar sozinha, ufa!
Ai, enfim, as horas começaram a correr. Enfrentamos um trânsito chato, num calor cruel. Eu só conseguia me concentrar no meu silêncio, ansiedade e um pouco de medo.

Chegamos no hospital, e por mais que seja um dos hospitais de "renome" em Recife, os funcionários em sua grande maioria são mal humorados, o que de cara já foi tirando meu último fio de paciência,
Chegamos ao quarto, eu, Marcelo, Maria e minha irmã, Carol. 
Só com o fim da tarde foi chegando o restante da família, menos mainha e painho. Confesso que isso foi me desestabilizando emocionalmente, assim como o fato de ter que dormir sem Maria por perto (por mais que eu soubesse que ela estaria super bem).
De 18:30h (mais ou menos) a enfermeira veio me buscar. Marcelo dessa vez iria assistir ao parto (no de Maria negaram a ele esse direito), o que de certa forma me deixaria mais tranquila (ou não hahaha). Quando a maca começou a andar, a sensação que eu tinha era de que ia eu entrar, mergulhar em outra vida, que aquela vida que eu tinha antes ia embora, sabe? Maria aboticou os olhos, o que me ferrou de vez.
Cai no choro. Ainda tentando controlar.
No elevador, desabei mesmo. Que agonia na barriga!

Entrei no bloco cirúrgico. A equipe médica um amor. A minha obstetra Dra. Cristina é uma pessoa linda, a anestesista superengraçada, o pediatra um louco do bem (hahahah).
Marcelo só pôde entrar depois da anestesia, que pra variar, não doeu nada. Se eu fosse acreditar e me agarrar no medo que colocam nessa anestesia, tinha morrido de véspera hahhaha.
Marcelo chegou e começou a cesariana, Com a certeza de que José chegaria em minutos, eu fechei os olhos pedindo paz e saúde pro meu menino. Como eu queria conhecer ele.

Um choro roquinho, José Luiz anunciava que tinha chegado.
Meu coração disparou, essa parte do encontro físico é absurdamente incrível. Eu não sabia se olhava pra ele ou pra Marcelo, buscando qualquer expressão facial que me entregasse que estava tudo bem.
Achei ele magrinho demais, e de fato eu tinha razão. Ele nasceu com 3.020kg e 49.5 cm. Maria veio 3.640 e 51cm,



Dr. Sérgio trouxe ele pra pertinho de mim, eu agradeci baixinho e dei boas vindas ao mais novo amor da minha vida. Ao Zé tão esperado por todo mundo.
Ele nasceu saudável,  às 19:25h do dia 10 de Março de 2014.



A cirurgia foi tranquila, eu me recuperei bem. Todas as enfermeiras riam da minha disposição, eu sentei de perna cruzada, tomei banho sozinha.
Dei os banhos de José, troquei, e pra variar consegui dar de mamar tranquilamente.
Por sinal, esse foi o único problema, o meu excesso de leite. Comecei a sentir algumas dores no seio, formaram-se algumas pedras, mas enfim, agora está tudo bem.

José é um bebê calmo, dorme pra caramba, dorme fazendo coco, tomando banho, mamando hahahah
Só dorme!
Cabeludinho e tem os olhos mais lindos que eu já vi. 
Nem preciso contar sobre essa paixão súbita que eu ando sentindo. O meu pretinho é a coisa mais linda e doce do mundo todo.
Maria, já chama ele de "meu neguinho".

Bom, no resumo é isso. Correu tudo bem e por aqui só rola amor.
Obrigada pelas energias emanadas, José é resultado disso tudo, dessa corrente linda que foi formada.

E veio Zé! 



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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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