09/05/2012

Não é a mamãe!

Acho que meio mundo assistia a "família dinossauro", fez parte da minha infância. E como todo seriado predileto, você sempre se amarra mais em um personagem, claro que o "baby" roubou meu coração. Lembro que eu tinha um chaveiro dele na minha mochila da escola, e bastava ver qualquer bebê chorando no colo de alguém pra dizer: "Não é a mamãe, não é a mamãe!".

Claro, o objetivo desse post não é o seriado, muito menos sobre (só e somente) o baby.
Tô aqui a essa hora da noite (00:02h) pra dizer que, depois de crescer e ter uma filha, comecei a avaliar o comportamento do bebê dinossauro e pior ainda, comecei a ter exemplos claros em casa.
Cecília resolveu mesmo sem assistir ao programa, imitar o baby com riquezas de detalhe, socorro!

O fato de ela passar o dia todo comigo (24 horas completas, sem escapar um segundo!), influencia nessa dependência toda. Ela não precisa ficar no meu colo, porém eu tenho que estar ao alcance da sua visão e de preferência, prestando a atenção nela.
Até ai tudo bem, eu sou a platéia do dia a dia e isso não evitava que ela fosse para o braço das outras pessoas, ou aceitasse a simples troca do meu braço pelo braço do pai, assim eu podia comer, tomar banho.
Agora? Mudou, viu?
A fase "Não é a mamãe!" veio com tudo e não tá prosa!

Mariazinha, é sempre muito simpática com os outros, se estiver no meu braço, claro!
Chegou na fase de estranhar, faz um bico do tamanho do mundo quando alguém resolve toma-lá de mim.
Eu compreendia, moramos numa cidade sem nenhum parente, mesmo visitando eles com uma boa frequência (15 em 15 dias, muitas vezes até de semana em semana),é normal que ela estranhe, mesmo que sejam os avos, tias/tios e etc... O convívio é importante para o reconhecimento, então eu não via problemas com os bicos, até porque logo ela se acostumava e brincava sem choramingar.

Dai, com a chegada dos seis meses Marcelo virou o "Dino" (o do seriado, né?), apesar de ela amar o pai, viver de risada pra ele e de muitas vezes esticar os bracinhos, quase dizendo "Me pega paaai!", ela entrou numa de só aceitar ficar com ele se eu estiver por perto.

Tomando como exemplo hoje, fui ao mercado comprar as coisas pro almoço, deixei minha mocinha aos cuidados do pai, ela ficou e nem ligou quando eu parti. Mas, foi só eu voltar pra casa (coisa de 20 minutos.) e ela bater o olho em mim, começa a se jogar, fica chorona... quando ganha meu colo, cabousse! Só risada!

Claro, fui pesquisar sobre!
Muita coisa que li, diz que é normal essa dependência toda, principalmente com os bebês que ainda mamam!
Ainda mais no nosso caso, um grude o dia todo, eu sou a figura mais presente na rotina dela.

É um amor sem proporção, viu?
Todo mundo acha lindo!
Basta ela escutar minha voz e não me ver que o desespero bate, ela fica procurando e não tem afago de ninguém que acalme.
Sei que parece muita pretensão dizer que sou tão amada, mas é a pura verdade.
Pra fazer ela ficar no braço de alguém, eu tenho que sair de cena, só assim ela vai relaxando e se permitindo conhecer a pessoa. Mas, comigo por perto... me perdoem, mas eu tenho a preferência, hahahah.

Ao mesmo tempo que isso toma meu tempo e dificulta as tarefas domésticas, é incrível como eu virei uma fonte de segurança pra alguém, é como se ela pensasse, minha mãe tá aqui, tá tudo certo!

E como eu sei, afinal de contas sou filha também, vou aproveitar muito essa fase de Cecília. Eu sei que logo logo, tudo vai mudando, o amor não, mas essa dependência, sabe? Eles crescem pro mundo... não pra nós!

Enquanto ela resolve choramingar em forma de "NÃO É A MAMÃE, NÃO É A MAMÃE!", eu vou me  desdobrando em mil pra suprir esse amor todo, claro!


1 comentários:

  1. amor de mae é amor de mae neh?nao tem jeito....cada dia q passo amo mais a minha peuqena tbm...vc sabe o q eu to falando

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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
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