Recebo uma mensagem no whatsapp, era a minha irmã, Carol. Ela me enviou um enorme texto, que tinha como título “Relato de parto, por um tia.”.
Ela havia destrinchado sobre os sentimentos que a envolveram desde o dia em que descobrimos Maria. Nem preciso dizer que terminei de ler tudo com olhos carregados de água.
Foi ai que eu percebi que a chegada de um bebê mexe com a família toda. Nascem avos, tios e tias, primos... Renasce uma família.
Resolvi então, abrir mais um espaço para o amor, o amor de tia. Mas não quero parar por aqui, que esse seja o primeiro de muitos, que tantas outras tias/tios, papais, avos, nos escrevam contando como a chegada do novo ser mudou tanto a vida deles.
E começo essa nova temporada de relatos, deixando nossa sexta, recheadinha de amor.
“Não, ainda não sou mãe. Mas, quem disse que não posso amar como uma?
Larissa é minha irmã, e acredito que nossa relação é forte e se deu em outras vidas. A partir do momento em que eu soube da gravidez dela, em mim também floresceu a felicidade, e ansiedade pelos 9 meses de espera.
A gestação de Lai – apelido – para mim era interminável. Maria foi infinitamente esperada e amada, desde sempre. Depois de tantos preparativos e idas a cidade – Caruaru , fomos acompanhando a barriga crescer, até que enfim, o dia 29 de Outubro havia chegado e eu então conheceria, o primeiro amor da minha vida.
E sabe aquele baque emocional? Tudo que eu sentia até então, foi multiplicado por mil, quando ela passou por nós. Tão linda, querida, amada e aguardada.
Como elas moravam em Caruaru e eu em Recife, a saudade matava a gente. Depois de meses nessa ponte térrea, finalmente Marcelo – meu cunhado – e lai, decidiram voltar a morar por aqui., trazendo a Caruaruense Maria. Para o bem de todos e alegria geral da nação.
Como o esperado, logo os dois começaram a trabalhar, Maria começou a ir ao berçário. Até que me veio a idéia! “Irmã, tira Maria do berçário, me dá um dinheiro pro lanche e eu cuido dela!” Trato feito!
Foi ai que eu e Maria Cecília definitivamente éramos só amor. Vi ela dar os seus primeiros passinhos, fiz vídeos das primeiras colheradas independentes, dei muitos banhos e assisti a muita Galinha Pintadinha, rs.
Foi difícil, eu tinha várias responsabilidades. Afinal de contas, como diz o velho ditado: “criança, cega um!”, e eu precisava estar por inteira pra ela. Mas na moral... Aaaah se eu pudesse passar o dia todo agarrada nela de novo.
Mas, deu se o tempo e eu precisei ir para o trabalho chato, fora de casa. Foi bad! Eu senti como se tivesse abandonado a minha bebê. Abrindo mão do nosso tempo juntas, mas eu precisava crescer.
Acabei virando uma visita, e algum tipo de irmã mais velha; que sempre que larga cedo ou tem uma folga no trabalho exige uma coisa dos pais de Maria: buscá-la no colégio, só pra matar a saudade das nossas tardes.
Cecília foi meu primeiro amor, pra vida toda.”
- Enxugando as lágrimas, de novo. –
Quando minha irmã nasceu eu já tinha nove anos. Cuidei dela enquanto minha mãe e meu pai trabalhavam, também vi os seus primeiros passos, compreendi suas primeiras palavras... Vi essa historia se repetindo entre ela e a minha filha, o mesmo laço sendo construído entre elas, e sempre agradeci a Deus por isso.
Carolina é muito mais do que uma irmã, é minha amiga. Carrego por ela o mesmo bem querer que eu tenho pela meus rebentos. Todos os dias peço que meus filhos tenham nossa relação como base, que eles possam se amar, tanto quanto eu e minha irmã.
Com toda a certeza do mundo, meus filhos foram agraciados com uma família ímpar, e com uma tia que exerce seu papel com maestria, sendo tia nos momentos bons e ruins, indo muito além das fotografias.
A gente ama você “tia Carol”, muito!
E se você assim como a Carolina, quer nos enviar o seu relato, contando como o bebê recém chegado mudou a sua vida, é só entrar em contato conosco pelo e-mail blogumamaeconta@gmail.com ou, mandar uma mensagem lá na nossa fanpage. Combinado?
Nós amamos contar historias de amor, vamos adorar compartilhar a sua também, pode ter certeza.
Fico por aqui, beijos.
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Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.