02/09/2014

Relato de Parto {Por: Ingrid Sbardelotto}

 
Aaaah, adoro terças-feiras, afinal de contas é dia de mais uma história de amor.
É, hoje tem relato de parto!
E pra mim esse relato é bem especial, é de uma querida amiga virtual - que conheci no grupo de mães do orkut/facebook - a Ingrid, que deu a luz a Lívia, que chegou ao mundo de parto normal e cheio de sentimentos e força!

Vamos conhecer a historia delas? Simbora!

Bom, Lívia foi planejada depois de uma gravidez anembrionária (sem feto).
Durante toda a minha gravidez, eu tinha a certeza que queria um Parto Normal, no meio de tantas pessoas me chamando de louca por ser pequena e magrela – pesava  45kg  - continuei afirmando que tentaria, e daria o melhor de mim pra que ela viesse ao mundo da forma mais natural!
No dia 02 de Dezembro de 2011, fiz uma ultrassonografia e a minha médica disse que a Lívia ainda estava alta e não havia encaixado, me falou que eu precisaria andar e me exercitar um pouco.  No dia 03 ir para um parque aquático, claro q não desci em tobogãs, mas fiquei de molho em uma piscina o dia inteiro, e como o lugar tinha muitas escadas, subi e desci muito o dia todo, rs. Na madrugada do dia 04 as contrações vieram, mas ainda eram contrações tranquilas. No dia 05 pela manhã, senti as contrações aumentarem, ao meio dia fui ao banheiro e o tampão saiu. Naquele momento berrei na maior felicidade. Avisei a minha irmã que estava lá cuidando de mim e ao meu marido, que o momento estava chegando. Comecei a monitorar as contrações, estavam de cinco em cinco minutos e só ai resolvi ir pro hospital.
Chegando lá a médica fez o tal exame de toque, e disse q eu estava com dois cm de dilatação, mas que ainda não estava na hora, ia monitorar o tempo de cada contração para ver se me internava ou não. Ela viu que realmente eu estava com contrações de cinco em cinco minutos e resolveu me internar. Me colocou no tal soro - me arrepio só de lembrar - deitada de lado, e assim permaneci o trabalho quase todo de parto. A partir do momento q ela colocou o soro foi que eu realmente fui ver o que eram dores de verdade. As 16h a médica resolveu estourar a minha bolsa.
Em meio a dores, eu mordia um paninho, e a cada dor pensava que estava mais próximo de ter ela perto de mim, pensei em pedir uma cesárea ou uma anestesia, mas me concentrei e pensei comigo: “vamos lá Ingrid é o q vc tanto sonhou!”
Nesse momento meu marido - que foi barrado em me acompanhar durante o parto - bateu na porta pra ter notícias de mim. Naquele momento chorei mais de desespero mesmo, querendo ter alguém em que eu confiasse perto de mim. A médica que me via chorando quietinha e com o pano na boca, me perguntava o que eu sentia, por que eu não dava nem um gritinho, e ela estava acostumada com berros, rs.
Às 19h eu estava com 8 cm de dilatação, comecei a sentir meu corpo fazendo força, algo que eu não podia controlar, meu corpo não deixa que eu mantivesse controle sobre ele , disse a médica o que eu estava sentindo e claro q nesse momento a dor fica ainda mais forte. Sei que foram feitos vários toques em mim, tudo o que eu mais queria naquele momento era que ninguém me tocasse mais. A médica então veio me ajudar a fazer força, do jeito certo, mas eu não conseguia fazer por muito tempo, vi então a médica dizer baixinho a uma enfermeira, pra preparar o fórceps, eu estava perdendo muito liquido, naquele momento pensei e decidi, ninguém iria nos machucar!


 Nisso chegou uma enfermeira mais velha, fiz força e aguentei até onde eu já nem podia, a enfermeira então fez Manobra de Kristeller (é uma manobra obstétrica executada durante o parto que consiste na aplicação de pressão na parte superior do útero com o objetivo de facilitar a saída do bebê). E ali a Lívia desceu, comecei a ouvir as enfermeiras dizendo que estavam vendo os cabelinhos dela – e que era loirinha -, naquele momento senti pressa de ter ela comigo. Foi então q me levaram pra sala de parto - eu estava era sala pré parto -, e lá sim comecei a fazer mais força ainda, senti o corte da episiotomia – doeu um pouco - logo após senti minha filha escorregando de mim, a natureza fazendo todo seu trabalho.
Logo ela foi colocada ainda quentinha e lambuzada sobre a minha barriga, tentei erguer minha cabeça e já sem forças mal consegui ver ela, então ouvi seu chorinho, ahh aquele chorinho!
Me fez chorar sem parar.
Levaram a minha filha, só voltei vê-la uns 20 minutos depois, já limpinha e com roupinha no meu quarto.
No dia 05 de dezembro de 2011 às 21h17min, minha vida se tornou completa!
O melhor de tudo é que no outro dia me sentia a pessoa mais forte do mundo, senti que ali praticamente tudo dependia de mi – mesmo tendo sofrido violência obstétrica sem saber, com a manobra realizada e o corte sem necessidade -, mas me senti Mulher de verdade, com a Natureza dando seu show, ainda que fosse em alguém tão pequena e magrela como eu.

Sim, eu consegui!

Mesmo com tanta gente contra e procedimentos desnecessários, a Ingrid alcançou seu objetivo, teve o parto normal tão desejado e pariu o grande amor da sua vida, a Lili.
Eu só posso dizer que, ao fim do relato eu era um misto de orgulho e amor. A natureza tomando sua forma, controlando o corpo e a mente, fazendo parir mais uma vida, como deve ser.

E você, quer nos mandar o seu relato de parto? Entra em contato conosco pelo e-mail blogumamaeconta@gmail.com ou fala comigo via fanpage, combinado?
Conto com a participação de vocês, ein?

E ó, amanhã é dia de postar sobre papinhas,fiquem ligados!

Fico por aqui, beijo grande!



0 comentários:

Postar um comentário

Eu, a Maria e o José, vamos adorar um recadinho.

 
Uma mãe conta. ©Template por 187 tons de frio. Resources: Deeply // Ava7